No último sábado (20), uma cena chamou a atenção na Arena da Baixada, durante a vitória por 2×1 do Atlético sobre o Maringá. O assessor de imprensa do time visitante, Rodrigo Araújo, foi impedido de trabalhar na Baixada por estar com uma camisa do próprio Maringá, com as mangas verdes – mesma cor do rival Coritiba.
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Além dele, uma torcedora também vestida de verde na torcida atleticana teve de deixar o estádio após ser ofendida por algumas pessoas na arquibancada. Atitudes que o presidente do Furacão, Luiz Sallim Emed, não aprovou e disse que serão analisadas e debatidas para que não motivem outros “atos de insensatez”.
“Sem querer ficar em cima do muro, a gente tem que analisar isso como uma interferência na liberdade. Como um sujeito democrata, que aceita o contraditória e dá liberdade para as pessoas, tenho o perfil de não aceitar esse comportamento”, opinou Sallim.
O cartola garante que em nenhum momento a diretoria do Rubro-Negro emitiu qualquer ordem para impedir o profissional de imprensa ou retirar a torcedora. “Não foi uma ordem, isto nem passa pela cabeça da diretoria”, disse. “Às vezes começa com um torcedor de perfil mais intolerante, que começou, e as outras pessoas acabam repercutindo”, prosseguiu.
Por fim, o presidente do Atlético ressaltou que o clima buscado na Baixada é o de festa e confraternização. “Eu vi aquela senhora saindo, é constrangedor. Não faz sentido. Se você começa a xingar alguém pela cor da camisa, é a não aceitação do outro, do diferente”, opinou.
“Hoje é a cor da camisa, amanhã a cor dos olhos, e vai crescendo de atitudes insensatas”, complementou.