Cirúrgico

Pra não inchar elenco e valorizá-lo, Atlético escolhe a dedo no mercado

Paulo Autuori quer manter a base que o time já tinha e contar com reforços que aumentem a competitividade no grupo. Foto: Rodrigo Félix Leal

O Atlético retorna aos treinamentos apenas no dia 11 e só joga no dia 29 de janeiro, quando estreia no Campeonato Paranaense, contra o Rio Branco, em Paranaguá. Até lá, certamente o clube deve trazer mais reforços para a disputa da temporada 2017, mas, pelo que apresentou até aqui, está procurando no mercado exatamente aquilo que precisa para melhorar o elenco.

Até aqui, foram confirmados o lateral-direito Jonathan, o meia-atacante Felipe Gedoz e o atacante Grafite. O primeiro chega para disputar a titularidade com Léo, uma vez que Rafael Galhardo foi liberado. No meio, Gedoz atua como armador, uma posição que ficou carente durante quase todo o Campeonato Brasileiro, após a sáida de Vinícius, e só teve um titular absoluto na reta final, com a chegada de Lucho González. Além disso, pode jogar pelos lados, uma setor visto como fundamental pelo técnico Paulo Autuori, que sempre varia as peças na posição e precisa de atletas do mesmo nível para manter o mesmo rendimento e sofreu quando Nikão ficou três meses machucado.

Por fim, no ataque, Grafite chega pra suprir um grande problema da equipe: a falta de gols. Foram apenas 77 em 68 partidas no ano, uma média de 1,13 por partida. Depois que Walter foi embora, coube a André Lima, que ficou boa parte do tempo lesionado, e Pablo, assumirem a responsabilidade de ser o homem de referência da equipe. O camisa 99 ainda não definiu sua situação e, até por isso, o Rubro-Negro se agilizou para trazer o vice-artilheiro do Brasileirão, com 13 gols marcados.

De qualquer maneira, os outros nomes que chegarem certamente serão para suprir necessidades pontuais, como uma reposição para a saída do volante Hernani, vendido ao Zenit, da Rússia, ou caso os zagueiros Paulo André ou Thiago Heleno não renovem contrato. O objetivo é dar oportunidade aos garotos da base em caso de necessidade, ao invés de inchar o elenco.

“Se você aumenta o grupo pensando que tem muitos jogos a fazer, acaba perdendo a qualidade do treino e o nível competitivo interno. Tampouco podemos ter um grupo muito reduzido. Temos que usar o bom senso. Temos 10 jogadores com idade sub-20 que tiveram uma exposição competitiva diferente e que com certeza darão uma resposta distinta no ano que vem. Vamos aproveitá-los bastante quando não tivermos condições de repetir a equipe”, afirmou Autuori, assim que acabou a temporada passada.

Ou seja, embora no ano passado em alguns momentos do Brasileirão o Furacão tenha sofrido com falta de opções, inclusive tendo mais da metade dos relacionados para uma partida vindos da base, o clube quer evitar contratar em quantidade para valorizar a qualidade. Até por isso a diretoria não vem fazendo alarde nas contratações, com o presidente Luis Sallim Emed só confirmando após a realização de exames médicos e assinatura do contrato.

O próprio treinador descartou um número específico de reforços e ressaltou que o principal era fortalecer aquilo que já tinha em mãos. Tanto que participou diretamente na busca por contratações, apontando naquilo que queria ter em 2017, uma vez que terá a oportunidade de iniciar o trabalho, ao contrário do que aconteceu em 2016, quando assumiu em março.

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