Equilibrando o time

Ponto fraco do Atlético em 2016, ataque é a prioridade pra 2017

André Lima e Pablo, durante o Paranaense. Dupla foi responsável por um terço dos gols do Furacão no ano. Foto: Antonio More

Dono da melhor defesa do Campeonato Brasileiro ao lado do Palmeiras, com apenas 32 gols sofridos em 38 partidas, o Atlético, mesmo tendo conquistado a vaga na Libertadores, viu seu ataque penar um pouco na disputa da competição. Por isso, a contratação do atacante Grafite, que deve ser concretizada na semana que vem, prova a necessidade do time em reforçar seu setor ofensivo para conseguir, logo no começo da próxima temporada, passar pela pré-Libertadores e avançar para a fase de grupos da competição internacional.

O presidente do Furacão, Luiz Sallim Emed, em entrevista à Tribuna, confirmou a negociação com Grafite e ressaltou a necessidade do clube em melhorar o último terço do campo, como bateu na tecla várias vezes o técnico Paulo Autuori.

“O ataque, vamos dizer, todo mundo sabe que é a principal carência, realmente. Então, o ataque a gente realmente está buscando priorizar neste primeiro momento. A gente tem consciência da necessidade de qualificar o elenco, principalmente no ataque, que é o setor que a gente tem o menor número de atletas. É um setor muito disputado porque existe uma carência no país como um todo”, declarou o mandatário atleticano.

Durante o Brasileirão, Autuori perdeu peças importantes, como o meia Vinicius e o atacante Walter, que tiveram seus vínculos rescindidos com o clube no meio da competição nacional. O treinador, na caminhada do Furacão, sempre criticou a falta de eficácia da equipe rubro-negra no último terço do campo, mas, mesmo com problemas ofensivos, o Atlético conseguiu atuações cirúrgicas e venceu jogos importantes graças ao bom comportamento defensivo.

No Brasileirão, foram apenas 38 gols marcados em 38 partidas e o posto de quarto pior ataque do torneio. O Furacão, neste quesito, foi melhor apenas que América-MG, Figueirense e Internacional, todos rebaixados para a Série B. O Santa Cruz, por exemplo, que também caiu, marcou 45 gols, sendo 13 feitos por Grafite, futuro reforço atleticano,

Do ataque rubro-negro, dois jogadores chamaram a atenção durante a temporada. Dos 77 gols marcados pelo Atlético durante todo o ano, um terço foi marcado por Pablo e André Lima, que terminaram como os principais goleadores do time. Pablo, inclusive, foi o goleador do time no Brasileirão com nove gols marcados.

O jogador, autor de gols importantes na campanha que culminou com a conquista da vaga na Libertadores, quase deixou o clube no começo da temporada, mas teve a sua permanência pedida pelo técnico Paulo Autuori. Pablo e o comandante atleticano já haviam trabalhado juntos no futebol japonês e o centroavante foi titular absoluto da equipe, terminando a temporada com 12 gols marcados no total.

Já André Lima, que tem seu vínculo com o clube se encerrando no final desta temporada, mas negocia para permanecer no ano que vem, terminou como principal goleador do Furacão em 2016, com 14 gols marcados. Porém, no Brasileirão foram apenas cinco, muito por conta de seguidas lesões que o afastaram de boa parte do segundo turno.

Além do atacante Grafite, pelo menos mais três peças para o setor ofensivo devem ser contratadas, sendo um atacante e dois jogadores de criação.

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