Com pouco menos de dois meses para as eleições do Atlético, o presidente Mário Celso Petraglia, que ainda não definiu se será candidato à reeleição no pleito, voltou a dar o que falar na sua conta pessoal do Twitter. O dirigente, enquanto o Furacão era eliminado da Copa Sul-Americana pelo modesto Sportivo Luqueño, do Paraguai, estava na Europa participando de exposições de soluções esportivas e retornou com novidades. Petraglia viu alguns modelos de grama sintética que, de acordo com as exigências da Fifa, poderão ser utilizadas na Arena da Baixada já a partir do ano que vem.
Petraglia participou de uma feira na Alemanha, de uma reunião em Portugal e visitou uma das fábricas para fornecimento de grama sintética homologadas pela Fifa, na Itália. “Estamos estudando seriamente a implantação desta solução da grama artificial, visitamos também estádios que já utilizam há vários anos! Não há condições físicas de termos um gramado natural decente, por várias razões, mesmo gastando horrores como tem acontecido no pós-COPA! A história de lesões é bravata e balela de leigo e de ignorantes, a FIFA jamais aprovaria se todos os testes não fossem feitos e aprovados!”, apontou, através do Twitter.
A confiança do dirigente de que a chapa CAP Gigante, que ainda não definiu um candidato para concorrer à presidência do clube em dezembro, parece ser muito grande. Do lado das chapas de oposição, a utilização de grama sintética na Arena da Baixada está praticamente descartada. O empresário Nadim Andraus, candidato pela chapa Democracia Atleticana, é contrário a ideia. “Nosso diferencial é entregar o Atlético para o povo atleticano. Vamos esquecer show, esquecer teto retrátil, botar grama sintética, jamais. A prioridade é o futebol”, falou o candidato.
Petraglia, ainda no Twitter, explicou que a umidade no terreno da Arena da Baixada atrapalha a boa qualidade do gramado. “Nos relatórios técnicos da Fifa comprovamos que pela nossa posição em relação ao sol e umidade do solo teremos sempre um péssimo gramado! A umidade é terrível no terreno da baixada, estamos num fundo de vale e vizinho do rio! Humildade neste momento se faz necessária!’, concluiu o mandatário.
Além da péssima qualidade do gramado, outro motivo seria o custo elevado da manutenção, que chega a R$ 200 mil. A Fifa utiliza grama sintética em algumas competições que organiza, entre elas estão o Mundial Sub-17 e o Mundial Feminino deste ano, no Canadá. A dificuldade de adaptação ao piso causou muitas reclamações dos atletas que disputaram as competições.
Torcedores rebatem
Se esperava o apoio do torcedor e dos seus seguidores no Twitter, Petraglia se enganou. Imediatamente as suas postagens sobre a possível troca do gramado natural por um sintético, muitos torcedores responderam o dirigente e houve muita cobrança por conta do momento ruim do futebol. “Bem-vindo! Aqui fomos eliminados pelo 11º do PY. Espero que tenha acertado com 2 zagueiros, um LE (lateral-esquerdo) e um camisa 10 de verdade”, disse um torcedor.
As cobranças prosseguiram e teve até torcedor que aconselhou o presidente a esperar as eleições, já que a chapa da situação está um pouco mais enfraquecida.
“Pena que a situação não continuará… daí vai pro espaço essa balela de grama sintética”, avisou um seguidor. “Estudar para contratar um técnico ou montar um elenco competitivo o Sr. não quer né?”, acrescentou. “Te aconselho a esperar as eleições. As coisas por aqui não correram bem na sua ausência”, aconselhou outro torcedor.
Além das críticas para o presidente, sobrou também para os jogadores que vestem atualmente a camisa do Furacão. “A grama ,que temos hoje é mais do que suficiente para o futebol de Kadu, Vilches, Roberto, Cléo, Dellatorre e cia”, disparou um torcedor. “Péssimo gramado igual nosso futebol. E o time, chega quando? Titulo paranaense, brasileiro”, finalizou.
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