O Atlético termina o seu período de folga tentando transformar a pressão externa em normalidade. Apesar de tudo que aconteceu nos últimos dias, principalmente na semana passada, nenhuma mudança aconteceu, prova de que a pressão sobre a diretoria poderia surtir efeito, mas que o poder absoluto de Mário Celso Petraglia continua intacto. A decisão do presidente do Conselho Deliberativo era de nada ser alterado. E foi isso que aconteceu.

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Não que Petraglia passasse todo esse período irredutível. O cartola chegou a pensar em alterações no futebol do Furacão. Durante a folga dos jogadores – estes tiveram sua parada da Copa do Mundo totalmente respeitada –, o departamento de futebol ficou em plantão, aguardando alguma tomada de atitude. Mas sabia-se que ela viria do dirigente, e não de alguma onda de dirigentes ou conselheiros. Como nada veio, tudo continua como antes.

Os conselheiros e até mesmo alguns integrantes da diretoria rubro-negra chegaram a estar otimistas, principalmente quanto a uma possível saída de Fernando Diniz. No final de semana passado, houve quem tivesse certeza de uma troca, ainda mais com a entrada no mercado de Abel Braga, que tinha pedido demissão no Fluminense. Mas pesou muito também a posição que Petraglia defendeu para a imprensa nacional, colocando o Atlético como um “clube diferente” que não demitiria um treinador por maus resultados.

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Para responder às críticas, a posição do cartola é a de reformular o elenco atleticano para depois da Copa do Mundo. O plano é de trazer pelo menos três jogadores – um deles pode ser Thiago Cionek, curitibano naturalizado polonês e que é titular da seleção da Polônia. Além disso, alguns atletas seriam liberados, ou no mínimo repassados para o time de aspirantes, comandado por Tiago Nunes, outro nome que foi especulado para substituir Diniz.

Ingerência?

O homem-forte do Furacão também não gostou da articulação dos conselheiros para uma nova reunião extraordinária do Conselho Deliberativo – uma aconteceu na quinta-feira da semana passada (14), para debater a crise no futebol. O documento vazado na imprensa, primeiramente no portal UOL, elencou não só temas do futebol, mas também assuntos que são também tratados como prioridade por Mário Celso Petraglia, como a adoção da biometria na Arena da Baixada e a parceria com o Ministério Público para a adoção de torcida única.

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Voltaram à pauta inclusive temas que irritam o cartola, como as cadeiras cinzas do estádio rubro-negro, o preço dos ingressos e a relação com a torcida organizada Os Fanáticos. Com esses temas, a pauta dos conselheiros ficou praticamente igual à do pedido de Assembleia Geral feito pela oposição há dois meses e derrubado pela mesa do Conselho. E foi aí que Petraglia encerrou qualquer possibilidade de contato com os insatisfeitos. Por tabela, Fernando Diniz voltou a ganhar força internamente.