Apesar de garantir que só será candidato à presidência do Atlético se houver uma união das oposições, Paulo Rink está se movimentando. Aproveitando o fato de ser vereador, o ex-jogador vai pedir à prefeitura de Curitiba informações sobre a dívida do Atlético por conta da remodelação da Arena da Baixada. “Até o final do mês irei fazer esse pedido sobre a dívida oficial do clube. Até hoje ninguém sabe exatamente quanto é”, conta Rink.

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A prefeitura tem cobrado do Furacão na justiça cerca de R$ 17 milhões por causa das desapropriações em torno da Arena. O clube, por outro lado, exige uma participação maior do município, arcando com um terço do valor final da Arena, de 346,2 milhões, e não um terço dos R$ 184,6 milhões que constam no acordo tripartite.

Para Rink, no momento só existem especulações sobre possíveis candidatos, inclusive sobre o seu nome. “Como ex-jogador do clube, eu gostaria muito de ajudar o Atlético. Não sei se como presidente. Para isso seria necessário um consenso entre todos os grupos”, reiterou.

Divisão

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Até agora três grupos de oposição já se mostraram dispostos a participar da eleição do Atlético em dezembro. Além disso, a situação deve lançar uma chapa, mas o atual presidente, Mario Celso Petraglia, já afirmou que não será candidato à reeleição. Dentro desse processo de formação de chapas, Rink tem inclusive conversado com outros ex-jogadores do Furacão.

Lançamento

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Hoje será inaugurado o comitê de campanha da chapa que provavelmente será liderada por Nadim Andraus e que conta com o ex-presidente José Carlos Farinhaki. O comitê será na rua Brigadeiro Franco, perto da Arena da Baixada.

Só Beto fala sobre acordo

Ninguém mais fala. O governador Beto Richa é o único representante do governo estadual que explicará a mudança de postura adotada pelo Estado em relação ao acordo tripartite firmado para a remodelação da Arena da Baixada. Chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra afirmou via assessoria de imprensa que não comentaria a mudança de postura do governo. Já a assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu garantiu que somente Richa abordará o tema. O governador retorna de compromissos internacionais sexta-feira.

A mudança de posicionamento do Estado foi confirmada na semana passada, quando o governo admitiu firmar um novo acordo com a prefeitura e o Atlético que contemple o valor final da obra, estimado em R$ 346,2 milhões. O primeiro convênio firmado entre as partes estabelecia que município, estado e clube pagariam cada um R$ 61,5 milhões de um total de R$ 184,6 milhões, valor de quando a reforma começou.

Para confirmar suas intenções de aceitar um novo acordo contemplando o valor final da obra, de R$ 346,2 milhões, o Governo notificou a prefeitura para que se manifeste sobre a ampliação do valor do convênio. A notícia pegou o Município de surpresa e deu início à troca de farpas.

Presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia elogiou o ‘senso de justiça’ de Richa. Na derrota por 4×1 para o Corinthians, domingo passado, faixas com cobranças à prefeitura foram espalhadas pela Baixada. (Julio Filho)

Criticas

O prefeito Gustavo Fruet rebateu a postura do mandatário atleticano e do Governo. “Tenho responsabilidade que alguns atores nesse processo não têm”, disparou Fruet. Em nota, o município lembrou que, em 2014, o próprio Richa havia afirmado que não acataria o pedido de Petraglia de atualizar o valor da Arena. “Vocês conhecem a prefeitura, o governo do estado e os dirigentes do Atlético. Vocês sabem que está falando a verdade”, declarou o governador à época, rebatendo acusação de Petraglia de que estado e município não cumpriam o acordo com valor atualizado.

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