O empate em 1×1 com o Atlético-MG, no domingo (22), na Arena da Baixada, pode trazer consequências fora de campo para o Atlético. Mais precisamente para o técnico Paulo Autuori, que reclamou muito da arbitragem e foi expulso ainda no primeiro tempo.
O árbitro Flávio Rodrigues de Souza relatou a confusão na súmula, que pode acarretar em uma suspensão do treinador atleticano. “Informo que aos 35 minutos do primeiro tempo o quarto árbitro me informou que o técnico da equipe do Clube Atlético Paranaense, o sr. Paulo Autuori de Mello, reclamou de forma ostensiva contra a equipe de arbitragem dizendo as seguintes palavras: – Vocês são uns merda caralho, não marca uma pra mim -. Dessa forma expulsei o treinador”, escreveu o juiz, que afirmou que Autuori depois do jogo mais uma vez cobrou a arbitragem.
“Informo ainda que este treinador nos esperou na zona mista dizendo as seguintes palavras com o dedo em riste para o quarto árbitro: – Agora a conversa de homem pra homem, sendo contido pelos seguranças e polícia militar”.
A reclamação começou principalmente após um tiro de meto marcado pelo árbitro, quando o correto seria um escanteio para o Furacão. Paulo Autuori se irritou e reclamou demais, sendo expulso. “Se ele provar que eu ofendi a equipe de arbitragem eu encerro a minha carreira de quarenta anos de futebol”, disse o técnico, após a partida.
Devido à súmula, Paulo Autuori pode ser denunciado no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e, se condenado, pode pegar um gancho e ser suspenso.
Além deste lance, o time inteiro do Rubro-Negro se irritou com outras jogadas. Principalmente por conta de um pênalti não marcado.
Objetos arremessados
A situação para o Atlético poderia ser ainda pior. No final da partida, uma torcedora jogou moedas e uma revista em direção à arbitragem e o caso também foi relatado na súmula.
“Ao final da partida, foi arremessado em direção ao quarteto de arbitragem 3 moedas de R$ 0,25 centavos e uma revista de publicidade amassada”, escreveu o árbitro.
Porém, a pessoa responsável por jogar os materiais, uma torcedora de 33 anos, foi identificada rapidamente – inclusive graças ao presidente do conselho deliberativo do Furacão, Mario Celso Petraglia, que junto com outros torcedores apontaram para ela para ajudar na identificação – e assinou um termo circunstanciado.
A pena à torcedora pode ir de multa à prestação de serviço e o clube até pode ser julgado pelo STJD, mas como ajudou na identificação, pode passar ileso.