O técnico Paulo Autuori inovou ao mudar o esquema tático do Atlético para o 3-5-2 na goleada sofrida para o Bahia por 6×2, na tarde de domingo (14), na Arena Fonte Nova, em Salvador. Foi uma estreia desastrosa do time atleticano no Campeonato Brasileiro. A equipe não se adaptou à nova formatação tática e o comandante do Furacão assumiu a responsabilidade pelo revés, em que pese os erros individuais defensivos cometidos na partida que, na visão do treinador, não podem acontecer.
“Foi um jogo que poderia ter se tornado menos difícil, mérito da equipe, que esteve bem no poder de construção. O Guilherme deu poder ofensivo a nós, mas jogamos por água abaixo. Infelizmente não temos tido esses presentes assim como nós demos. Era Dia das Mães e nós antecipamos o Natal. Eles foram eficazes, fizeram os gols e pronto, nada a falar, cada um assumindo as responsabilidades. A coletiva é minha e os erros individuais não podem acontecer. Vamos em frente”, explicou Autuori.
A derrota vexatória para o Bahia, fora de casa, foi o quinto jogo seguido sem vitórias do Atlético na temporada. Assim, o trabalho de Paulo Autuori começou a ser questionado, principalmente pelo torcedor atleticano. São erros que estão sendo cometidos sucessivamente e que se repetiram agora no duelo contra o tricolor de aço. Os mesmos que não podem se repetir no duelo contra a Universidad Católica, no Chile, nesta quarta-feira (17), valendo a vaga nas oitavas de final da Libertadores.
“Erramos em bolas da nossa posse, e demos a transição para uma equipe rápida, com jogadores velozes e habilidosos. Fizemos os gols logo depois que sofremos, mas erramos em todos os sentidos. A bola estava no nosso poder, cometemos erros, tem o individual e o coletivo também, diferentemente daquilo que fazemos em relação à hora que perdemos a bola. Não nos posicionamos adequadamente. Aí a responsabilidade é minha. Tivemos erros individuais e coletivos”, acrescentou.
Nos cinco jogos em que não venceu na temporada, o sistema defensivo do Rubro-Negro, ponto forte em 2016, falhou demais. Foram nada menos que 12 gols sofridos acompanhados da perda do título do Campeonato Paranaense para o Coritiba e um revés para o San Lorenzo, em plena Arena, que complicou a vida do Furacão na Libertadores.
”Existe uma coisa muito clara da maneira como você sofre o gol, que te desmoraliza mais. E foi justamente como aconteceu, com a posse de bola e executando errado, possibilitando ao adversário que faça gols. É lógico que isso bota a moral da equipe para baixo. Nosso equilíbrio e nosso sistema defensivo falharam e isso é minha responsabilidade”, concluiu Autuori.