“Estagiário”

Paulo André se prepara pra ser dirigente do Atlético

São dois anos e meio morando no CT e se preparando para o pós-carreira. Hoje, Paulo André já dá seus palpites no clube. Foto: Marcelo Andrade

Paulo André, 34 anos, zagueiro. Nessa breve explicação já vinha sendo incluída uma nova informação: “integrante do departamento de futebol do Atlético”. No seu último ano como jogador profissional, ele vem fazendo um curso intensivo para ser, a partir de 2019, realmente um dirigente do Furacão. Por enquanto, ele apenas se considera um “estagiário”.

+ Leia mais: Com um pé na semifinal da Sul-Americana, Atlético superou maus bocados

O interesse era mútuo. Há um bom tempo Paulo André vem se preparando para o pós-carreira. E do outro lado, o Atlético se interessava em ter um ex-jogador como ele dentro da estrutura do clube. Essas vontades se aproximaram desde o retorno do zagueiro ao Rubro-Negro, em 2016. Integrado completamente ao Furacão – ele segue morando no CT do Caju -, Paulo André foi conhecendo cada setor e alimentando ainda mais o desejo de seguir no futebol.

+ TV: Furacão faz contrato pra realização de reality show na China

Mas não era apenas uma vontade. Paulo André foi estudar. “Fiz administração, pós em gestão, estou cada vez mais me preparando pra seguir esse caminho”, comentou o camisa 13 do Furacão. Ao mesmo tempo em que encarava as salas de aula, ele tinha o conhecimento prático. “Estou lá aprendendo. Passo em alguns setores desde o começo do ano dou meus palpites”, disse o zagueiro, se autointitulando estagiário no Atlético.

+ Leia mais: Atlético reconhece que não jogou bem, mas comemora vantagem

Como ele próprio contou, neste ano a participação dele aumentou. A relação com Fernando Diniz, que chegou para treinar e coordenar a equipe, foi importante para fazer ponte entre o campo e os bastidores. Defensor do ex-técnico do Furacão, Paulo André manteve esse contato com Tiago Nunes. “Ele não é um cara que arrisca, que não muda tudo do dia pra noite. Ele tem nos ajudado nessa caminhada, e espero que continue com a gente”.

+ Sul-Americana: Tiago Nunes não quer time agarrado à vantagem

Mas os planos do zagueiro não estão diretamente no time profissional. O trabalho que vem fazendo agora está empolgando Paulo André. “A molecada de 10 a 17 anos ainda tem a essência da paixão pelo futebol que eu tinha perdido um pouco. Isso me encanta. Ver o sonho, a alegria, tudo isso me cativa bastante”. A reação vem ao encontro do que ele quer fazer a partir do fim da carreira. “Se a gente conseguir mudar a cultura de formação do futebol brasileiro seria uma passo bacana para uma retomada, uma revolução. Tô pensando fora da casinha”, garantiu.

+ Confira: Veja a tabela e a classificação do Campeonato Brasileiro!

Até poder se dedicar completamente a esse projeto, o que significa parar de jogar futebol, Paulo André vive “dividido”, mas contente. “Eu estou vivendo um dia de cada vez, aproveitando bastante”, festejou o zagueiro. “Fazia alguns anos que eu não trabalhava com um grupo tão bacana. Quero curtir, aproveitar e depois pensar”, finalizou.

+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do Trio de Ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!