Experiência no passado

Ótimo em casa e péssimo fora. Desempenho não é novidade para Paulo Autuori

Paulo Autuori já tem experiência em ganhar em casa e perder fora. Técnico esteve no comando das duas maiores diferenças em aproveitamento dos pontos corridos Foto: Daniel Castellano

Melhor mandante do Campeonato Brasileiro, com 86,2% de aproveitamento, mas ao mesmo tempo o terceiro pior visitante, com 14,5% dos pontos conquistados. Esta vem sendo a sina do Atlético, que nas últimas rodadas vem se dividindo entre derrotas e vitórias, conforme o local da partida onde é disputada. Uma diferença significativa (71,7%) e que já é a maior em termos de percentagem desde que o Brasileirão vem sendo disputado por pontos corridos, segundo levantamento do FutDados. Porém, esta campanha não é novidade para o técnico Paulo Autuori.

Até esta temporada, a façanha pertencia ao Grêmio, que em 2009 teve 82,5% de aproveitamento em casa e apenas 14% fora (diferença de 68,5%). Curiosamente, o time gaúcho, na ocasião, era comandado por Autuori. Na época, o agora treinador do Furacão assumiu o tricolor na terceira rodada e ficou até a 34ª. Com ele como técnico, o Grêmio fez 16 partidas como mandante, somando 12 vitórias e quatro empates (83,3%), e mais 16 fora, com apenas uma vitória, quatro empates e 11 derrotas (14,5%, mesmo aproveitamento do Rubro-Negro atualmente).

Em 2009, Autuori viveu no Grêmio uma situação semelhante, com uma ótima campanha em casa, onde ficou invicto, e péssimo aproveitamento fora. Crédito: Arquivo
Em 2009, Autuori viveu no Grêmio uma situação semelhante, com uma ótima campanha em casa, onde ficou invicto, e péssimo aproveitamento fora. Crédito: Arquivo

Vale lembrar que Autuori chegou ao Grêmio apenas na terceira rodada e saiu após a 34ª, quando aceitou uma proposta do Al-Rayyan, do Catar. Nestas outras seis partidas da equipe no Brasileirão, o técnico foi Marcelo Rospide, que conseguiu duas vitórias e um empate em casa e um empate e duas derrotas fora, mantendo a média do time, que terminou a competição em oitavo lugar, com 55 pontos, dois a menos que o Avaí, o sexto colocado, embora em 2009 ainda existisse apenas o G4, fechado pelo Cruzeiro, com 62 pontos.

Caso o G6 sempre tivesse valendo no Campeonato Brasileiro, apenas três times entre os dez que mais conseguiram essa discrepância, com um ótimo desempenho como mandante mas foram mal como visitante, teriam conseguido uma vaga na Libertadores. Em 2006, o Santos teve 82,5% de aproveitamento em casa e 29,8% fora (diferença de 52,7%), terminando a classifcação em 4º. No ano passado, o Internacional foi o quinto com 78,9% diante da torcida e 26,3% (diferença de 52,6%) longe do Beira-Rio. E em 2008 o mesmo Colorado, com 75,4% como mandante e 19,3% como visitante (diferença de 56,1%) foi o sexto colocado.

Entre esses dez times com a maior diferença de aproveitamento em casa e fora, o pior colocado na classificação final foi o Juventude, que em 2006 terminou na 14ª posição, com 68,4% como mandante e apenas 14% como visitante (diferença de 54,4%), seguido pelo Náutico de 2012, com 73,7% diante da torcida e incríveis 12,3% longe dela (diferença de 61,4%).

Mas, em média, as equipes terminam na metade de cima da tabela, casos do Santos do ano passado, que tem a terceira maior diferença (84,2% contra 17,5%, totalizando um contraste de 66,7%) e ficou em sétimo, e o Atlético-MG, que em 2013 ficou em oitavo (77,2% contra 22,8%, diferença de 54,4%). Completa a lista das dez mais diferenças a Ponte Preta da atual temporada, que está décimo lugar, com 45 pontos, com 72,9% em casa e 19,6% fora (constraste de 53,3%).

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