Meio copo

No G6, Atlético precisa acabar com oscilação pra confirmar passaporte

Apesar de aumentar chances de Libertadores, Paulo Autuori criticou mudança do regulamento no meio do caminho. Foto: Aniele Nascimento

A Conmebol e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) confirmaram na noite de domingo que a partir do ano que vem o Brasil terá mais duas vagas na Copa Libertadores. Desta forma, o Campeonato Brasileiro passa a ter um G6, e não mais um G4. Desta forma, neste momento o Atlético estaria classificado para a competição continental, pois está em sexto lugar.

O número pode aumentar e se tornar um G7 este ano, caso alguma equipe que se classifique para a competição via Brasileirão ganhe a Copa do Brasil, o que pode acontecer com Palmeiras, Atlético-MG e Santos, por exemplo.

Ou seja, o caminho pode ser considerado mais tranquilo, o que, de certa maneira, não agrada o técnico Paulo Autuori. O treinador falou sobre o Brasil ganhar mais vagas para a Libertadores após a derrota do Rubro-Negro por 2×0 para o Santos, sábado, na Vila Belmiro, quando ainda se cogitava um G5. Embora fique satisfeito por ter mais chances de ir ao torneio continental, ele reclamou da mudança de regulamento com o torneio em andamento e teme um relaxamento por parte dos jogadores.

“Eu quero estar disputando o G4, esse é o nosso objetivo inicial. Infelizmente, aqui no Brasil e na América do Sul as coisas se alteram no meio do caminho. Quando se fala em planejamento, tem que começar partindo de alguma coisa que você sabe que vai acontecer. Então, se vier pelo G5, eu vou ficar satisfeito disputando a Libertadores, mas não foi obra nossa de chegar ao G4. Isso que não quero, um comodismo de jogadores”, afirmou o comandante atleticano.

Mudanças à parte, a alteração interfere em toda a reta final do Brasileirão. Agora, o Atlético aumentou para 38% as chances de disputar a Libertadores em 2017. Um número que se deve muito ao aproveitamento do Furacão na Arena da Baixada. O time tem o melhor aproveitamento como mandante, com 83% dos pontos conquistados. Em 14 jogos, foram 11 vitórias, dois empates e apenas uma derrota, o que credencia o Rubro-Negro a seguir na briga pelo G6 até o final do Brasileirão.

No entanto, é preciso mudar o desempenho longe da torcida. Em 14 partidas, foram apenas duas vitórias, um empate e 11 derrotas, totalizando 16,6% de aproveitamento. Números pior até do que o Internacional, que está na zona de rebaixamento. No último sábado, mais uma vez o Atlético jogou bem como visitante, mas pouco criou e, em duas falhas individuais, acabou voltando com mais uma derrota.

Uma diferença de resultados que precisa ser diminuída para que o Furacão siga nessa briga para retornar à Libertadores, embora Paulo Autuori não concorde com uma queda de produção da equipe fora de casa.

“Não concordo com isso. Temos que parar para analisar. Se for ver como resultado, é diferente. Em casa conseguimos ser mais efetivos e, mais do que isso, eficaz no último terço do campo. E não estamos conseguindo fora. Esse é mais um jogo que saímos com gosto amargo, porque não era para perder. E nós fizemos outros jogos assim, como contra o Atlético-MG, Flamengo, Internacional. Em outros jogos como Figueirense e Santa Cruz merecemos perder, fomos displicentes”, avaliou o treinador.

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