Quando chegou ao Atlético em janeiro de 2015, Nikão, então com apenas 22 anos, já havia passado por outros sete clubes, em seis anos como profissional, sem contar o período em que jogou na base de outros times. O vai e vem e a instabilidade por onde jogou fizeram o atleta começar no Furacão sob olhares de desconfiança, que, aos poucos foram diminuindo.
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Dois anos e meio depois, Nikão não só, enfim, se firmou em uma equipe, como também se tornou referência dentro do Rubro-Negro, como um dos melhores jogadores do time, principalmente nesta temporada. A cada ano, o camisa 11 foi melhorando seus números e, principalmente, jogando mais.
No primeiro ano, em 2015, foram 39 partidas, com cinco gols marcados. No ano passado, 36 jogos e apenas dois gols. Agora, em 2017, já foram 38 vezes em campo – com ainda mais três meses pela frente -, e já sete gols, igualando sua melhor marca como profissional. Sem falar das assistências. Uma evolução que passou também pela cabeça do meia.
“Eu cheguei em 2015 acima do peso e tive bastante dificuldade para chegar nas condições que o clube me pedia. Mas eu pude entender naquele tempo que futebol não era da maneira que eu pensava. Fiz a escolha certa e agora estou colhendo estes bons frutos”, afirmou Nikão, que também vai deixando para trás as sequências de lesões que o impediram de evoluir mais rápido.
Com velocidade, dribles e fortes finalizações, ele virou uma arma ofensiva do Atlético. Qualidades que foram ressaltadas pelo técnico Fabiano Soares. Apesar de estar há apenas um mês no cargo, o treinador viu no seu meia uma outra forma de jogar e que vem fazendo a diferença para o time em campo.
“O Nikão, para mim, é um jogador diferente, é um jogador fino. Acho que pela direita ele demorava muito para trazer a bola para o pé bom dele. Pela esquerda ele desequilibra, a bola já cai para o pé esquerdo. A subida de nível do Nikão é porque ele acreditou nas ideias e ele sabe que é muito importante para a equipe”, destacou Soares.
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Na nova posição, o meia vem sendo ainda mais decisivo. Contra o Bahia, na goleada por 4×1, além de ter marcado um gol, participou de outros dois, sendo também um garçom, que se diz pronto para jogar em qualquer função. “Eu sempre deixei claro que eu tenho essa facilidade de me adaptar muito rápido àquilo que o treinador me pede. Tanto de um lado do campo quanto do outro, eu tento fazer o meu melhor. Tenho essa facilidade e fui feliz mais uma vez”, completou Nikão.