A Libertadores da América terá uma mudança significativa a partir do ano que vem e que poderá facilitar o caminho do Atlético para retornar à competição continental. Em reunião realizada no Paraguai nesta terça-feira (27), a Conmebol definiu que em 2017 o principal torneio da América do Sul será disputado o ano inteiro, de fevereiro até novembro e contará com 42 clubes.
Até 2016, a Libertadores era disputada por 38 equipes, sendo que 26 já estavam na fase de grupos, enquanto outros 12 (um de cada país e mais o campeão da Copa Sul-Americana) disputavam as seis vagas restantes.
Para a nova fórmula, a Conmebol ainda não divulgou como serão escolhidos os novos representantes, o que acontecerá em novembro, mas já antecipou que o campeão da Copa Sul-Americana terá participação assegurada nos grupos e não irá tirar a vaga do país ao qual pertence.
Desta forma, não existe a possibilidade de o G4 do Campeonato Brasileiro se tornar G3. No antigo regulamento, caso Coritiba, Chapecoense, Flamengo ou Santa Cruz ganhasse a Copa Sul-Americana e não terminasse entre os três primeiros do Brasileirão, automaticamente o quarto lugar da competição nacional estaria fora da Libertadores.
Antes, o Brasil tinha cinco vagas asseguradas para a Libertadores, sendo três pelo Campeonato Brasileiro e uma pela Copa do Brasil. A quinta vaga era do quarto colocado do Brasileirão ou do campeão da Sul-Americana. Algo que nunca aconteceu pelo fato de que em 2012, quando o São Paulo ganhou a Sul-Americana, ficou em quarto no Campeonato Brasileiro, e em 2008, quando o Inter ganhou, o campeão do torneio continental não tinha direito à vaga na Libertadores. A sexta vaga só era permitida casa um time brasileiro ganhasse a Libertadores.
Além disso, com mais quatro vagas ainda indefinidas, uma delas pode ser destinada ao Brasil, pela representatividade do país, que, ao lado da Argentina, já é o que tem mais vagas. Se isso se confirmar, o G4 do Brasileirão pode se tornar G5, o que deixar o Furacão mais perto do objetivo da temporada. Outra possibilidade seria dar a vaga ao vice-campeão da Copa do Brasil. Uma terceira hipótese seria equilibrar as vagas e, assim, outros países serem premiados. Uma terceira situação, pouco provável, seria convidar equipes da Major League Soccer (MLS), o campeonato dos Estados Unidos, para disputar a Libertadores, assim, como acontece com o México, que está no torneio desde 1998.
Copa Sul-Americana
Outra mudança é que dez dos clubes que não chegarem às oitavas de final da Libertadores terão o direito de disputar a Copa Sul-Americana, assim como acontece na Europa, nos moldes da Liga dos Campeões e da Liga Europa, o que pode aumentar também neste torneio o número de representantes brasileiros.