Milton Mendes hoje é um ídolo da torcida do Atlético. Seu estilo às vezes surpreendente, às vezes engraçado, conquistou a galera. Dentro do CAT do Caju, não há quem não goste dele. Os jogadores estão fechados com ele – até porque no momento mais complicado da temporada o treinador blindou o grupo e encarou as críticas de frente. E, claro, em campo o Furacão evoluiu muito, e há muito mérito de MM. E ontem ele deu mais uma prova de que assumiu o espírito rubro-negro (tanto que virou até Sócio Furacão).
Em entrevista à RPC, o técnico admitiu que teve propostas para deixar o Atlético. Não quis dizer que clubes seriam – claro que neste momento o Internacional surge como o maior interessado, pois está sem treinador. “Tive algumas possibilidades, sim, mas nunca coloquei em cima da mesa porque eu sou um treinador de projetos. Eu quero me manter em um projeto do início ao fim”, disse Milton.
Ele vive o auge de sua passagem pelo Atlético. Foi contratado sob fortíssima rejeição da torcida e da crítica, e venceu a desconfiança, trabalho, resultados e o jeitão todo peculiar, que fica evidente até nas entrevistas. “Não fui eu quem iniciei esse projeto desse ano, mas entrei já num Porsche, foi só dirigi-lo”, afirmou.
Moral
Em paz com a vida, MM festejou a aprovação interna – ele tem total respaldo dos dirigentes. “Logicamente todos trabalhamos para ter um reconhecimento. Eu não procuro ser reconhecido fora, mas dentro, pelos meus jogadores e pela minha direção. Eu sendo reconhecido aqui, eles estão valorizando o meu trabalho, fora é uma consequência”, comentou o técnico, que só fala no Furacão. “A valorização extra-clube é boa, é importante ser valorizado por outros clubes e pela imprensa pelo trabalho que está sendo desenvolvido, estou feliz com isso. Mas não tenho absolutamente nada de concreto. O certo é que a minha cabeça está dentro do Atlético”, completou.