Nada perdido

Mexidas no time, reação e atuação convincente. Atlético dá esperanças contra o Flamengo

Nikão fez o gol do Atlético contra o Flamengo e foi um dos destaques do Furacão. Foto: Jonathan Campos

Rio de Janeiro – O Maracanã estava quase vazio, mas os gritos de “A-tlé-ti-co” eram ouvidos. Esperando a hora de deixarem o estádio por conta da decisão da Polícia Militar do Rio de Janeiro de primeiro evacuar a torcida do Flamengo, os paranaenses fizeram a festa no “maior do mundo”. Mas comemorar após uma derrota? Na verdade era mais um grito de esperança. Afinal, a derrota por 2×1, que tirou o Atlético da zona de classificação do grupo 4 da Copa Libertadores, terminou com o Furacão mostrando enfim um jogo de qualidade, o que se esperava desde o início da temporada. Foi insuficiente para conseguir o empate, mas foi o suficiente para que se acredite em outra história no jogo da volta, no dia 26, na Arena da Baixada.

O Atlético começou mal. Surpreendido pelo esquema do Flamengo, que teve a entrada de Trauco no meio-campo e Renê na lateral-esquerda, o Rubro-Negro ficou perdido na marcação, e aí foi presa fácil para os donos da casa, empurrados por quase sessenta mil pessoas. Com quinze minutos de jogo, o Flamengo já vencia por 2×0. Aos 6, Guerrero ganhou de Paulo André e Thiago Heleno. Na primeira, parou em Weverton, mas na segunda abriu o placar. Aos 15, Pará e Gabriel ganharam o duelo com Sidcley e o cruzamento desviado no General parou no pé de Diego, que colocou na gaveta.

Começo do Atlético foi desastroso no Maracanã e acabou pesando no resultado final. Foto: Jonathan Campos
Começo do Atlético foi desastroso no Maracanã e acabou pesando no resultado final. Foto: Jonathan Campos

A desvantagem desorientou o Furacão, que seguiu sem saber o que fazer até terminar o primeiro tempo. Era uma equipe que não conseguia chegar no ataque, sofria com a falta de articulação e só tinha Nikão e Lucho González como opções reais de jogo. Do outro lado, Diego e Trauco mandavam no jogo, deixando o sistema de marcação rubro-negro sem ação. Foi preciso a ação da comissão técnica do Atlético no intervalo para que a história mudasse.

Era tarde, como se viu no apito final, mas era possível melhorar. E foi o que aconteceu. Marcando Trauco e acompanhando melhor Diego, o Atlético se equilibrou e passou a chegar com mais perigo. Grafite voltou a jogar, entrando no lugar de Eduardo da Silva. E instantes depois o gol saiu – Jonathan roubou a bola, driblou dois jogadores, tabelou com Lucho e a bola chegou para Douglas Coutinho, que cruzou para Nikão diminuir a vantagem dos donos da casa.

Com Luiz Otávio no lugar de Deivid e João Pedro no lugar de Lucho, o Atlético seguiu pressionando. Faltou pouco num chute de João Pedro para o empate chegar. Marcelo levou perigo nas costas de Sidcley, mas nem Atlético nem Flamengo marcaram. O placar do Maracanã marcou mesmo o 2×1 para os cariocas. E a torcida do Atlético, que demorou a sair do estádio, saiu esperando ver no dia 26 o time que quase cumpriu seu objetivo no segundo tempo do jogo.

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