O Atlético comemora 15 anos do maior título da sua história até aqui. E não dá para esquecer a enorme contribuição do técnico Mário Sérgio Pontes de Paiva, que, infelizmente, morreu no acidente aéreo que vitimou 71 pessoas na Colômbia, no final de novembro. Mário estava no voo como comentarista da Fox Sports, que iria transmitir a final da Copa Sul-Americana entre o Atlético Nacional e a Chapecoense.
Geninho teve os méritos da conquista, mas Mário Sérgio foi o responsável por montar aquele time de 2001. Ele não participou da contratação de todos os reforços, mas indicou o meia Souza e o atacante Ilan. Mário implantou o 3-5-2 e deu corpo e alma àquela equipe que tinha como característica a velocidade, a posse de bola, a troca de passes e um sistema defensivo eficiente.
- Atlético comemora 15 anos do título brasileiro
- Ambiente no Anacleto Campanella era favorável
- União e parceria eram a marcada daquele Furacão
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Mário comandou o Furacão até a 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas deixou um time pronto para Geninho conduzir de forma brilhante até a final, no dia 23 de dezembro de 2001. O técnico ficou marcado também pela sua sinceridade e por uma frase que entrou para a história do futebol paranaense. “Ou o Atlético acaba com a noite ou a noite acaba com o Atlético”, em referência as famosas “noitadas” dos jogadores. Isso, inclusive, pesou para a sua saída.
O Furacão de 2001 tinha o chamado “quadrado mágico”, com Kléberson, Adriano Gabiru, Kléber e Alex Mineiro, que marcou oito gols na fase final do campeonato e ajudou o time a levantar o troféu. Mário Sérgio chegou a entregar o cargo, mas foi convencido pelos jogadores a continuar, só que os resultados não ajudaram e ele saiu duas partidas depois. De qualquer forma, o legado deixado por ele foi fundamental para hoje acontecer esta comemoração.
Mário Sérgio voltou a comandar o Rubro-Negro em 2003 e foi o maior responsável por evitar o rebaixamento do clube para a segunda divisão. Ele pegou o time na zona de rebaixamento e finalizou a competição em 12º lugar. Confirmado como treinador em 2004, foi ele quem indicou a contratação do lateral-esquerdo Marcão, destaque do Juventude. Marcão virou ídolo do Furacão.
Naquele ano, a base montada por Mário Sérgio também brilhou no Campeonato Brasileiro. Sob o comando de Levir Culpi, o Atlético chegou ao vice-campeonato, perdendo o título para o Santos.