Expulso!

Malucelli diz estar arrependido de ter sido pró Petraglia

Expulso do quadro de sócios do Atlético, o ex-presidente Marcos Malucelli se arrepende de ter intervindo há cinco anos a favor do atual mandatário rubro-negro, Mário Celso Petraglia, de uma infração que também permitiria a sua exclusão do clube. “Hoje eu me arrependo, porque ele estaria fora e não estaria atrapalhando o clube”, admitiu Malucelli em entrevista à Rádio Transamérica ontem.

Malucelli explica que no período em que esteve no comando do Furacão, entre 2009 e 2010, Petraglia faltou à maior parte das reuniões do Conselho Deliberativo. Pelo estatuto do Atlético, explica o ex-presidente, Petraglia também poderia ter sido expulso do quadro de sócios pela quantidade de ausências. “Eu disse para não fazer isso (expulsão). Assim como ele, havia outros a serem excluídos pelo mesmo motivo. E eu propus ao presidente do Conselho Deliberativo na época, o Gláucio Geara, para não fazer isso, porque precisávamos dos atleticanos juntos”, explica Malucelli.

Sócio do Atlético desde 1963, Malucelli foi expulso por decisão da Câmara de Ética e Disciplina por causa da contratação do atacante uruguaio Morro Garcia, por US$ 4,4 milhões, em 2011. O ex-dirigente respondeu processo interno por não respeitar o artigo 78 do estatuto do clube, que diz que cabe ao conselho administrativo “autorizar os diretores a contrair obrigações em nome do Clube Atlético Paranaense de valor superior a R$ 1 milhão”. Como o contrato foi assinado no Uruguai pelo então diretor de futebol, Alfredo Ibiapina, e pelo consultor jurídico, Gil Justen, sem passar pelo superintendente Renato Requião Munhoz da Rocha e pela diretora financeira Maria Aparecida Gonçalves, a câmara sugeriu a exclusão, aprovada pela mesa do Conselho Deliberativo.

Na entrevista à rádio, Malucelli disse que recorreu da decisão. “Vou defender pessoalmente a minha pessoa no Conselho de Ética”, reforça. O presidente da Câmara de Ética, Dionísio Banaszewski, afirma que a decisão pela exclusão de Malucelli foi imparcial, sem nenhuma conotação política. “Não tem nada político. Seria assim com qualquer outra pessoa, foi uma decisão técnica”, afirmou.

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