Em busca da transição do comando técnico, passando Paulo Autuori para o cargo de gestor, o Atlético foi atrás de um treinador da chamada “nova geração”. Aos 45 anos, Eduardo Baptista já está há um bom tempo no futebol, como preparador físico, mas a função à beira do gramado é recente. Começou em 2014, quando foi efetivado no Sport, onde ficou dois anos. Depois, passou rapidamente por Fluminense, teve uma boa passagem pela Ponte Preta e saiu do Palmeiras no começo de maio, com quase 70% de aproveitamento no clube paulista, mas criticado por não ter feito mais com o elenco que tinha em mãos.
- Eduardo Baptista é apresentado no Atlético e Paulo Autuori se aposenta dos gramados
- Problema em 2017, zaga do Atlético também começou mal em 2016, mas melhorou
Inclusive, o fato de Baptista estar desempregado acelerou um pouco este processo de mudanças no Furacão. No último domingo (21), após a derrota por 2×0 para o Grêmio, o ainda treinador Paulo Autuori pegou um avião e foi para Campinas conversar com seu sucessor. “Decisão da comissão técnica”, afirmou Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético.
A conversa foi rápida. Internamente o Rubro-Negro já via em Eduardo Baptista o perfil ideal para comandar o time na sequência da temporada. E Eduardo Baptista via no Furacão a chance de mais uma vez mostrar seu trabalho e um sonho profissional a ser realizado.
“Na minha vida eu traço objetivos, Já via de algum tempo a forma do Atlético trabalhar e tinha um desejo grande de estar aqui, por toda a filosofia que tem aqui. Eu queria voltar a uma grande equipe, continuar trabalhando e atinjo mais um objetivo na minha carreira”, comentou ele.
Mais do que o projeto, o clube em si traz boas lembranças ao treinador. Eduardo é filho de Nelsinho Baptista, também técnico, atualmente no futebol japonês e que comandou o Furacão, em 1988, quando foi campeão paranaense. Como um bom filho, Eduardo acompanhou o pai e viu a reestruturação do Atlético de lá pra cá e, assim como o pai, ganhou uma oportunidade do clube para mostrar que tem potencial.
“Quando eu nasci, engatinhei em um gramado. Eu sentei na boca do vestiário aqui, quando o estádio era bem precário e meu pai treinava este time. E hoje você vê isso aqui e fica espantado com a estrutura do clube. Poder fazer parte disso me deixa feliz. Meu pai é um torcedor. Estou em uma casa em que ele foi vencedor, que o acolheu, daqui ele saiu campeão. Assim como eu, ele está muito contente”, ressaltou.
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Oportunidade, agora, de mostrar que pode evoluir. Demitido do Palmeiras, praticamente classificado para as oitavas de final da Libertadores, Eduardo Baptista terá a chance de retornar ao torneio.
“A vida nos permite reparar injustiças. Com a chegada do Eduardo, que não pôde dar continuidade ao seu trabalho no Palmeiras, bem-vindo e que o faça aqui da maneira competente que certamente irá fazer”, elogiou Paulo Autuori.