O Atlético entra em campo contra o Flamengo nesta quarta-feira (26), às 21h45, na Arena da Baixada, sabendo que a vitória é fundamental para ficar tranquilo em busca da classificação do embolado Grupo 4 da Libertadores. Atualmente, o Furacão está em terceiro lugar, com quatro pontos, mas um triunfo o coloca na liderança, restando apenas mais dois jogos. Por isso, a tendência é de um Rubro-Negro partindo para cima do clube carioca.
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A forma de o Atlético jogar não é de pressionar tanto os adversários. O time gosta de tocar a bola até encontrar os espaços para o contra-ataque. Mas com a Arena lotada, isso terá que mudar um pouco. O técnico Paulo Autuori sabe que precisa contar com o apoio da torcida, que vai querer ver o Furacão indo para cima. E, nesse caso, a arma será o lado esquerdo, com Sidcley e Douglas Coutinho. Uma tentativa de explorar a velocidade, uma vez que o lado direito estará bem congestionado.
Sem Jonathan, o treinador escalará mais uma vez improvisado o zagueiro José Ivaldo, que não tem características ofensivas e, por isso, ficará mais recuado para fechar os espaços com Paulo André e Thiago Heleno, dando mais liberdade para Sidcley, que funciona melhor ofensivamente.
Além disso, Nikão, que foi o destaque atleticano na derrota por 2×1 no Maracanã, deve ter uma atenção maior da marcação flamenguista. Até por isso, o técnico Zé Ricardo, ainda mais sem Diego, lesionado, deve manter o lateral-esquerdo Renê, com Trauco jogando mais à frente, dobrando a marcação. Sem o escape do lateral-direito, o setor deve ficar com muito pouco espaço para circular a bola.
Outra possibilidade seria utilizar Lucho González. Porém, o experiente argentino de 35 anos não tem a velocidade como sua grande característica. Armador, ele terá a responsabilidade de criar as jogadas sem se movimentar tanto. E é aí que entra a sua experiência, juntamente com a velocidade de Douglas Coutinho, que será quem mais ocupará espaços no gramado em busca do posicionamento ideal para receber a bola de Lucho e encontrar Eduardo da Silva mais à frente.
O elemento surpresa também deve ser usado por Autuori na tentativa de pressionar o Flamengo no campo defensivo. E aí entra o volante Matheus Rossetto que já mostrou que tem qualidade em chutes de longa distância. Ou seja, o Atlético se defendendo pode ter até sete jogadores no seu campo de defesa, anulando o 4-1-3-2 do adversário, e ao mesmo tempo pode ter até seis atletas no ataque, fazendo com que o clube carioca se obrigue a correr mais e, consequentemente, acabe saindo da ordem tática e permitindo que o Furacão tenha liberdade para criar as jogadas.