O Atlético ainda tenta nos bastidores dividir com o Governo do Estado e com a Prefeitura de Curitiba a conta final das obras de reforma da Arena da Baixada que, em 2014, recebeu quatro partidas da Copa do Mundo. A Tribuna do Paraná teve acesso ao pedido de produção antecipada de prova ajuizada pelo clube junto ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), mas que acabou tendo sua intenção mais uma vez negada.
Através da manifestação do Promotor de Justiça, Luis Eduardo Silveira de Albuquerque, o Ministério Público negou o pedido impetrado pela CAP S/A – sociedade de propósito específico criada para gerir as obras da Arena. O MP, inclusive, pediu a extinção do processo. De acordo com a decisão, a medida proposta não foi apreciada, pois considera o pedido contraditório, uma vez que o valor da obra aumentou depois do prazo e sem a fiscalização necessária dos órgãos competentes, como por exemplo, o Tribunal de Contas do Paraná.
O acordo tripartite firmado entre Atlético, através da CAP S/A, Estado e Prefeitura previa a divisão igualitária do custo da obra no valor de R$ 184,6 milhões. No entanto, por conta de alguns atrasos na obtenção dos financiamentos e de outros itens adicionados após o acordo, o custo subiu e fechou em R$ 391 milhões.
O Furacão, então, sustentando que a Copa do Mundo trouxe benfeitorias para o Estado e para o Município, gostaria que o valor final fosse dividido igualmente com os poderes estadual e municipal. No entanto, desde o início o clube garantiu que qualquer valor a mais do que aquele firmado no acordo tripartite seria bancado por ele próprio. Esse é, inclusive, o argumento principal da prefeitura e do governo do Estado para não dividir o valor adicional.
Assim, o Rubro-Negro, ao que tudo indica, terá que se virar para pagar os financiamentos obtidos para a reforma da Arena da Baixada. O clube, nesses contratos firmados com a Agência de Fomento do Paraná, colocou como garantia o próprio estádio, o CT do Caju e outros recebíveis.
Depois do pedido de produção antecipada de prova do Atlético não ter sido apreciado pelo Ministério Público do Paraná, o caso agora vai para um juiz decidir. Independentemente da decisão, caberá recurso no Tribunal de Justiça.