Se o técnico Paulo Autuori centrou sua raiva no quarto árbitro, os jogadores do Atlético estavam indignados mesmo com o trabalho de Flávio Rodrigues de Souza, que comandou o empate em 1×1 com o Atlético-MG, neste domingo (22), na Arena da Baixada. Os rubro-negros reclamam de três lances: o toque de Douglas Santos dentro da área no chute de Nikão que foi tomado como legal, um lance semelhante com Cleberson que teve o pênalti marcado e a carga de Edcarlos dentro da área em Walter no final do jogo.
Weverton era o mais nervoso. Na saída do campo, deu detalhes da conversa com Flávio Rodrigues. “Ele chegou aqui e falou ‘vou consertar a merda que o outro juiz fez (no jogo contra o Palmeiras)’. Falou para mim e para outros jogadores, e vem aqui e faz pior. Não existe isso. Nós trabalhamos o dia a todo, também erramos, atacante perde gol, goleiro falha, juiz erra, mas hoje foi demais. Não vamos botar a culpa toda nele, nós tivemos chances de gol, mas cansa. Nós trabalhamos a semana inteira e vem um cara, é ser humano, mas hoje foi demais”, disse ao repórter Anderson Luís, do canal Premiere.
Na zona mista da Baixada, o goleiro continuou. “É só ver todos os lances, é chato falar de cabeça quente, mas eu não tenho nem dúvida que ele atrapalhou nosso time. Gerou insegurança ao nosso time ao colocar o nosso treinador para fora”, reclamou. O descontrole rubro-negro na reta final do jogo também foi lembrado por Nikão. “A gente se dedicou muito, lutou muito. Mas aí vem o juiz e erra. E todo mundo viu que ele errou. Só que o jogador não pode falar, porque se o árbitro erra e a gente fala, tomamos cartão amarelo ou vermelho”, comentou o meia.
Para Nikão, o árbitro virou o protagonista de uma partida equilibrada. “Estava sendo um jogo bonito, bem jogado. Enfrentamos um adversário de muita qualidade. Só que ninguém fala disso porque as atenções ficaram com o juiz e com os erros dele”, resumiu.