Apesar de estar se recuperando no Campeonato Brasileiro, vindo de duas vitórias e um empate nos últimos três jogos, e se aproximando do G7, o Atlético não vive dias tranquilos. Brigas da diretoria com a torcida, insatisfação de torcedores com o técnico Fabiano Soares, broncas públicas em jogadores e pressão da oposição fazem o Furacão viver um verdadeiro caldeirão neste final de 2017.

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Tudo por conta de uma temporada que está longe de ser aquilo que era projetado para 2017. Vice-campeão paranaense, eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil, das oitavas de final da Libertadores e indo aos trancos e barrancos no Brasileirão, o Rubro-Negro não teve nenhum momento de brilhantismo. A melhor fase foi a emocionante vitória por 3×2 sobre a Universidad Católica, do Chile, que garantiu a classificação para as oitavas de final do torneio continental.

Decepções que se transformaram em pressão e cobrança da torcida, não só no time, mas, principalmente, na diretoria, que por sua vez tomou atitudes que não agradaram, como o fim do repasse do smart card de sócios para outras pessoas, o aumento na mensalidade de alguns planos e no preço do dos ingressos avulsos e a proibição de materiais das torcidas organizadas. Medidas que afastaram a torcida da Arena da Baixada e transformaram tudo em uma bola de neve.

Alguns atleticanos passaram a não entrar mais na Arena em dia de jogos, optando por protestar e torcer na praça Afonso Botelho. Ao mesmo tempo, a oposição do clube ganhou força, conseguindo assinaturas o suficiente para pedir uma Assembleia Geral de sócios, algo que está no estatuto do clube. Até o final desta semana a diretoria do Atlético precisa marcar este encontro, para discutir algumas reivindicações. Em contrapartida, o presidente do Conselho Deliberativo do Furacão, Mario Celso Petraglia, que é um dos grandes alvos da torcida, vem ignorando estas questões e na última reunião com o conselho, atacou ferozmente a oposição.

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Já no campo, aqueles torcedores que seguem indo às partidas na Baixada, mais protestam do que apoiam. Mesmo na vitória por 2×1 sobre o Sport, alguns jogadores foram vaiados, como Zé Ivaldo, que foi fortemente defendido pelo gestor de futebol Paulo Autuori, que criticou a postura dos atleticanos, aumentando ainda mais a bronca com a arquibancada.

O técnico Fabiano Soares também vem sendo duramente cobrado por conta das escalações do time. Mais precisamente por apostar em nomes como Douglas Coutinho e deixar Felipe Gedoz no banco de reservas. O camisa 10, aliás, é o grande centro desta briga entre todos os lados.

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Confira a classificação completa do Brasileirão

Após a derrota por 2×1 para o São Paulo, no Pacaembu, o treinador chegou a dizer que o jogador não era importante, mas sim o grupo como um todo. Depois disso, toda vez que é questionado sobre Gedoz, o comandante rubro-negro minimiza o caso e chegou a dizer até que o time já ganhou sem o meia e perdeu com ele.

Situações que vão minando o Furacão dia após dia nesta temporada. Somente uma classificação à Libertadores deve melhorar o ambiente, que está conturbado e refletindo no desempenho da equipe, que não vem tendo grandes atuações e está oscilando no Brasileirão. Porém, para recuperar a torcida e acalmar os ânimos, terá que emendar uma nova sequência de vitórias, principalmente na Arena, que virou um verdadeiro caldeirão em ebulição, mas a favor dos adversários.