Quem viu o gramado da Arena da Baixada nas partidas do Atlético contra o Brasília e a Ponte Preta, certamente percebeu que o campo não estava nos seus melhores dias. A alegação era que o show do roqueiro inglês Rod Stewart, dia 17 de setembro, desgastou a grama. Mas para o engenheiro agrônomo Ernesto Siqueira Henriques, responsável pela implantação do gramado no estádio do Atlético e que hoje presta consultoria ao clube, o campo da Arena é um das mais difíceis de ser cuidado de todas as arenas recém erguidas para a Copa do Mundo de 2014.

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“Por causa da cobertura mais fechada da Arena e agora com o teto retrátil, o gramado pega pouco sol e não é fácil mantê-lo em boas condições o ano inteiro. Por isso que ele precisa de iluminação artificial”, contou.

A apresentação de Rod Stewart forçou o Furacão a replantar parte da grama na parte do gol onde se concentra a torcida Os Fanáticos – além da coloração mais escura, há um desnível entre o gramado antigo e novo. Isso gera o quique da bola, o que resultou reclamação do atacante Borges, da Ponte Preta, no último domingo. “Com todo respeito ao Atlético e à instituição, uma Arena tão bonita não pode ter um gramado como esse”.

Apesar do estrago causado pelo show, Henriques garante que o estádio poderá ter novos eventos sem que o campo seja tão prejudicado. Para isso, a ideia é instalar a maior parte do palco dos próximos eventos fora do gramado, na arquibancada, justamente no setor da Fanáticos, onde não há cadeiras.

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Henriques ainda conta que quando o Atlético confirmou o show ainda não sabia que o primeiro jogo contra o Brasília seria em casa, logo depois do show, o que acabou prejudicando o gramado.

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