O Atlético não jogou bem ontem em Toledo. É verdade que se não fosse a infelicidade de Eduardo no último lance da partida, quando o chute de direita virou uma furada, a bola bateu na perna esquerda e enganou Weverton, e o time voltaria do Oeste com três pontos e a apenas dois do líder Paraná Clube. Mas a jornada no todo foi negativa, com muitos erros de marcação e alguns jogadores atuando abaixo do que podem. Mesmo valendo pelo Campeonato Paranaense, o empate em 2×2 com o Cascavel (que deixou o time na segunda colocação, com 11 pontos, a quatro do Tricolor)joga pressão para a partida da Primeira Liga contra o Criciúma na quarta – jogo que marca a volta do Furacão à Arena da Baixada, a primeira partida na grama sintética e a reestreia de Walter.
As falhas do Atlético foram vistas desde o início da partida. O gol de abertura do placar, marcado por Batista, foi um exemplo claro – Marcos Guilherme perdeu no meio, o Cascavel saiu em velocidade, Batista progrediu sem ser marcado e chutou no cantinho. A única virtude mostrada pelo Furacão como equipe foi a tranquilidade demonstrada quando estava em desvantagem; foi aos poucos construindo o predomínio que levaria ao empate. Passando, como sempre, por Vinícius, que antes deixou André Lima e Marcos Guilherme na cara do gol, mas no final acabou ele mesmo marcando, após o bom cruzamento de Eduardo.
O Furacão terminou o primeiro tempo melhor, mas seguia dando espaço demais para o Cascavel, que mostrou claras carências técnicas, apesar da extrema disposição e de alguns destaques, em especial o rápido Everton. “A gente errou demais na marcação”, resumiu Vinícius ao repórter André Pessôa, da RPC. Os “donos da casa” (a Serpente joga em Toledo porque o estádio Olímpico Regional está em reforma) tiveram campo para atuar, e assim a partida seguiu equilibrada. Foi na capacidade de Vinícius que o Rubro-negro virou. Ele cobrou escanteio na cabeça de Crysan, que entrara no intervalo. A virada não era na base da organização, mas sim no talento individual.
E pela falta de organização o Atlético ficou exposto à pressão do Cascavel. Foi uma blitz que obrigou Cristóvão Borges a tentar trancar a frente da área colocando Jadson no lugar do lesionado Ewandro. Mesmo assim o time sofria. E foi assim até o último lance, o escanteio que Morato cobrou, Eduardo furou e Weverton ficou vendido. O empate foi justo pela má atuação como um todo do Furacão. E deixa a torcida atleticana, mais do que a Arena e a grama sintética, esperando ansiosa a volta de Walter contra o Criciúma.
Cristóvão diz que gostou
Apesar do rendimento abaixo do esperado, o técnico Cristóvão Borges gostou do que viu no empate do Atlético com o Cascavel ontem, em Toledo. Para ele, o que o Furacão mostrou na etapa final foi relevante. “Tomar o gol no final é muito ruim. Mas isto tudo aconteceu porque não fizemos um primeiro tempo muito bom. Permitimos demais a equipe adversária, marcamos com muita distância”, disse o comandante rubro-negro. “Pelo menos, recuperamos o que tínhamos feito no primeiro tempo, que não foi bom. O segundo foi melhor”, ampliou.
O problema apontado por Cristóvão foi talvez o mais evidente do Atlético em Toledo. O sistema de marcação falhou praticamente o tempo todo – não só na etapa inicial. E o problema começou na frente, com as más atuações de Anderson Lopes e Marcos Guilherme, sobrecarregando Otávio e Deivid e deixando Cleberson e o estreante Thiago Heleno desprotegidos. Os dois zagueiros foram as novidades do time ontem no Oeste. “Sempre que tiver oportunidade, vou dar chance para os que não jogaram”, afirmou o treinador, que garantiu que não houve desmotivação ontem por conta do jogo contra o Criciúma, quarta, pela Primeira Liga. “Sabemos distinguir bem as coisas. O jogo de quarta é uma grande partida. E é uma outra atmosfera”, finalizou Cristóvão.
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