Vivendo seu pior momento na temporada, o Atlético terá dias decisivos pela frente. Amanhã, às 20h, diante do Sportivo Luqueño, na Arena da Baixada, além de apagar a má impressão deixada na goleada sofrida para o Corinthians, dentro de casa, o Furacão vai tentar encaminhar a sua classificação para a semifinal da Copa Sul-Americana. A semana importante do time atleticano não para por aí. No sábado, diante do Fluminense, no Maracanã, o Rubro-Negro vai tentar acabar com o jejum de vitórias dentro do Campeonato Brasileiro que já dura nove jogos para, sobretudo, não entrar na luta contra o rebaixamento à Série B.
O técnico Cristóvão Borges, que ainda não venceu no comando do Atlético depois de dois jogos, garantiu que o time atleticano sai fortalecido desse jogo diante do Corinthians principalmente pelas lições que a equipe tirou para a reta final da temporada de 2015.
“Conversamos bastante no vestiário. A gente tem que ter mais atitude, ser mais maduro, porque o tipo de erros que as vezes temos cometido, em um nível de competição que a gente está jogando como o Brasileiro e agora a Sul-Americana, não permite isso. Essa é a maior lição. O Brasileiro nos dá lições rodada a rodada e foi assim agora. Essa foi a lição aprendida hoje (domingo). A gente já tinha conversado que, neste nível, você não pode dar oportunidades. Aí você não recupera. Foi o que aconteceu. A gente vai usar bastante para que não se repita isso”, apontou o treinador atleticano.
Postura
Para o primeiro jogo das quartas de final contra o Sportivo Luqueño e para a sequência do Campeonato Brasileiro, o lateral-direito Eduardo cobra mais atenção do Furacão. Para ele, o time atleticano errou demais diante do Corinthians e afirmou que o grupo saiu envergonhado de campo depois da goleada sofrida para o Timão, dentro de casa.
“A lição que tiramos dessa derrota é que todo minuto de jogo temos que ter atenção. Qualquer vacilo, qualquer cochilo é perigo de gol. A gente deu muito mole nesse jogo. Apesar disso, ninguém se acomodou, buscamos o resultado e aconteceu. Temos que esquecer esse momento ruim, essa tragédia que aconteceu. A gente fica envergonhado, sentimos muito, mas não tem como lamentar agora. Temos que pensar na Sul-Americana e temos que ter muita atenção”, acrescentou o camisa 2 do Furacão.
Depois do duelo contra o time paraguaio, o Atlético terá pela frente um duelo difícil já no sábado, contra o Fluminense, no Maracanã. Um revés no Rio de Janeiro, além de ampliar a crise do clube dentro do Brasileirão, aliado a uma combinação de resultados, pode deixar o Furacão somente três pontos à frente da zona de rebaixamento.
Tábua de salvação
Precisando de apenas duas vitórias nas sete últimas rodadas do Campeonato Brasileiro para afastar qualquer risco de rebaixamento, o Atlético vê, na Copa Sul-Americana, uma grande oportunidade de salvação para a sua temporada. Em 2015, o time atleticano, além da campanha irregular dentro do Brasileirão, foi eliminado da Copa do Brasil pelo Tupi e disputou, no primeiro semestre, o torneio da morte do Campeonato Paranaense, com risco de cair à Segundona do Estadual.
No Brasileirão, o Atlético chegou a liderança, passou a brigar pelo G4 e agora, nos últimos sete jogos, vai lutar apenas para atingir a pontuação necessária para permanecer na elite do futebol brasileiro. Assim, a Copa Sul-Americana, pelo menos na visão do torcedor rubro-negro, virou obrigação para salvar mais um ano ruim para o futebol atleticano.
O lateral-direito Eduardo, que foi contratado no decorrer do ano, lamentou a má fase do Furacão e espera brigar pelo título da Su,l-Americana e levar o Atlético de novo para disputar a Libertadores da América do ano que vem. “O sonho não está longe. Temos a Copa Sul-Americana, está mais próximo e a gente vai correr atrás disso”, prometeu o camisa 2 do Furacão.
Além de salvar o ano do Atlético, a Copa Sul-Americana pode ser também a última oportunidade de reeleição do presidente Mário Celso Petraglia nas eleições do clube que acontecem em dezembro.