Cinco não jogam

Furacão perde ‘meio time’ para o jogo contra o Cruzeiro

Ter nove dias para trabalhar foi um “presente” para Cristóvão Borges. Mas no futebol nem sempre o presente chega sozinho. Como uma espécie de pedágio pelo tempo para treinar, o técnico perdeu cinco jogadores para a partida de hoje contra o Cruzeiro na Arena. Eduardo, Hernani e Marcos Guilherme estão suspensos, Nikão continua machucado (tem chances remotas de jogar) e Vilches não voltará a tempo dos jogos da seleção chilena pelas Eliminatórias.

Oficialmente, o técnico confia nos substitutos. “Temos jogadores para substituir. Este campeonato exige isso. É preciso ter um grupo para dar a resposta”, disse, em entrevista ao site oficial do Atlético. Mas Cristóvão se preocupou com tantas dificuldades. Usou a semana para testar todos os jogadores, todas as opções possíveis para serem escalados. E ainda não chegou a uma conclusão.

“Vou fazer um ‘misteriozinho’ pra estreia que é sempre bom”, brincou na entrevista para a RPC. Mas algumas opções estão bem claras. Sem Eduardo, Matheus Ribeiro deverá ser o lateral-direito. Na zaga, Wellington é o imediato de Vilches. Outra alteração certa é a entrada de Deivid como volante no lugar de Hernani.

Ataque

Do meio para frente as coisas se complicam. Marcos Guilherme e Nikão são os companheiros ideais de Walter, e não têm substitutos confiáveis – todos tiveram bons e maus momentos no Brasileirão. Assim, o que já seriam duas dúvidas viram três, e apenas o camisa 18 (ver ao lado) está garantido contra a Raposa. O favorito para iniciar jogando é Bruno Mota. Restariam duas vagas, as dos jogadores abertos pelos lados. Ewandro, por ter sido usado nas últimas rodadas, tem grandes chances de começar jogando. Além dele, estão brigando pela posição de titular Ytalo e Hernández. Douglas Coutinho, recuperado de lesão, fica como azarão. E se Nikão se recuperar, pode ser a surpresa da noite.

Treinador feliz com retorno ao Atlético

Cristóvão está feliz. Em três passagens pelo Atlético, foi campeão paranaense em 1983 e 1985 (ainda esteve no clube em 1993). Tempos em que o Furacão tinha um estádio acanhado e pouco utilizado, havia problemas sérios de estrutura. Nada a ver com tudo que é oferecido hoje para trabalhar. “Não tem comparação. O Atlético está entre os melhores do mundo em condições de trabalho”, comentou o técnico, que pela primeira vez vai jogar a favor da torcida na remodelada Arena da Baixada.

A torcida do Atlético não mudou para o treinador. Desde aquele tempo Cristóvão vê a massa rubro-negra como decisiva para as vitórias da equipe. E ele tem certeza que isso vai acontecer hoje contra a Raposa. “Será um jogo bom, contra uma grande equipe. Precisamos unir forças e a nossa torcida é fundamental e decisiva, jogando junto e empurrando o time”, afirmou.

Acerto

Cristóvão fechou contrato até o final do ano que vem. Não quis aceitar ser apenas o “bombeiro”, e já está integrado ao projeto rubro-negro. Na entrevista ao Globo Esporte, admitiu que os ousados planos do clube foram importantes em sua decisão de aceitar treinar o Atlético na terceira vez que foi sondado. “Vejo que o clube agora pode direcionar os investimentos para o futebol”, comentou.

Além das três sondagens, o treinador também foi interlocutor do presidente Mário Celso Petraglia em outros momentos. Os dois conversaram sobre o Furacão sem o caráter de uma negociação de um técnico com um dirigente. E aos poucos Cristóvão foi sendo “reconquistado” pelo Atlético. “Aqui tenho momentos importantes da minha história esportiva. Essa estreia será uma realização”, com,pletou.

Relação

Demorou para Cristóvão Borges falar sobre o assunto. Mas só demorou porque ele ainda não tinha falado com a imprensa. Ontem, na entrevista para a RPC, a primeira desde sua contratação pelo Atlético, o treinador teve que responder sobre sua relação com Walter. Ele e o atacante trabalharam juntos no Fluminense e o camisa 18 reclamou publicamente de não ser escalado.

E o técnico não se surpreendeu com o questionamento. “Eu acho até interessante. Perguntaram quando surgiu a oportunidade de vir para cá. Não sei de onde surgiu isso. Talvez tenha sido por algumas circunstâncias de escalação”, comentou na conversa com o Globo Esporte.
Com Milton Mendes, o camisa 18 tinha liberdade tática e não era cobrado. O ex-treinador chegou a afirmar que Walter era “uma criança”. Deu certo, tanto que o jogador disse que MM era como um pai.

Cristóvão não tem o mesmo perfil, mas garante que não haverá problemas com o jogador. “O Walter é meu amigo, me dou bem com ele, gosto muito dele e o admiro também. Um grande jogador, com potencial incrível e com qualidades diferenciadas. Somos amigos e grandes profissionais”, garantiu.

Recomeço! Leia mais do Atlético na sempre polêmica coluna do Mafuz!

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