Por pouco

Forte marcação do Inter pesou na derrota do Atlético

Mais uma vez o Atlético não se intimidou jogando fora de casa. Mesmo contra um dos líderes do Campeonato Brasileiro, o Furacão não adotou uma postura ofensiva e tentou, criou chances e chegou a acertar uma bola na trave, com Walter, quando o placar ainda estava 0x0. Mas do outro lado tinha um time comandado por Argel Fucks, que não tem vergonha nenhuma de montar um time defensivo e que bate. E bate muito. O Internacional pouco criou, tomou cinco cartões amarelos, mas venceu o jogo por 1×0 e se manteve na ponta da tabela, enquanto o Rubro-Negro permanece com quatro pontos, rondando a zona de rebaixamento.

Ao longo da semana, antes da partida, o técnico Paulo Autuori ressaltou que o Atlético tinha que ter um padrão de jogo, tanto em casa, quanto fora. E assim foi. Mesmo com uma equipe mista – o treinador fez cinco alterações -, o Furacão foi pra cima e dominou os primeiros 15 minutos. Teve a bola na trave de Walter, um chute perigoso de Giovanny e a impressão de que a vitória poderia acontecer. O time segurava a bola e só avançava mesmo quando tinha a possibilidade.

Até que o Internacional resolveu jogar. Explorando os lados do campo, o Colorado se aventurava uma vez ou outra. Não encontrava espaços para jogar e só chegava em chutes de longe ou na bola parada. E foi justamente assim que aconteceu o gol da partida. Aos 37, após cobrança de falta na área, a defesa desviou e por muito pouco Paulão não abriu ali o placar. Mas na sequência foi cobrado o escanteio e Vitinho aproveitou a sobra para fazer 1×0.

No lance, Cléberson acabou machucando o nariz, que sangou muito, ao bater em Paulão e precisou ser substituído. A jogada gerou muita indignação no lado atleticano, mas nada foi marcado.

Queda de rendimento

No segundo tempo, o ritmo da partida caiu drasticamente. O Atlético não conseguia atacar, muito por conta do padrão tático do Internacional, de se fechar, ainda mais com a vantagem no placar. A partir daí é que o Inter passou a dominar o confronto, mas também parando o Furacão na base das faltas – foram 30 do time gaúcho -, sem contar os cartões amarelos, que saíram todos na etapa final.

Preso nessa marcação, o Rubro-Negro só voltou a levar perigo no final, quando esboçou uma pressão, mas ainda assim sem dar trabalho para Danilo Fernandes. Tanto que o duelo, na maior parte do tempo foi morno, truncado no meio e poucos chutes. Melhor para o Inter, que praticamente abriu mão de atacar, se apegando ao gol que fez no final do primeiro tempo, e saiu de campo com três pontos.

“Nós tivemos o controle do jogo, poderíamos ter sido mais agudo lá na frente, mas se o Walter acerta aquela bola que acertou a trave certamente a história seria diferente”, pontuou o técnico Paulo Autuori.