Prestes a disputar a sua quinta edição de Copa Libertadores, o Atlético terá que assimilar bem as diretrizes da filosofia de trabalho do técnico Paulo Autuori para fazer bonito e avançar para a fase de grupos da competição internacional. Desde que chegou ao Furacão, em março, o comandante rubro-negro sempre pregou muita força mental ao elenco e acredita que este fator será essencial para realizar uma grande temporada em 2017, não só no torneio continental, como em todas as competições que o time estiver presente.

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Em entrevista ao site oficial do clube, Autuori reforçou a importância de o time atleticano ser forte mentalmente para, dentro de campo, conseguir ser competitivo e alcançar seus objetivos ao longo do ano.

“É uma preocupação que tenho desde que cheguei aqui. Acho que hoje, sem força mental, você não faz nada, independentemente do setor profissional que estiver envolvido. Nos dias de hoje, da maneira como é jogado o futebol, é um jogo mental. Para ser competitivo, você pode estar muito bem preparado tecnicamente, mas se não entender que mentalmente terá que ser forte para superar seus principais problemas e superar os adversários, fica muito difícil”, afirmou o comandante rubro-negro.

Para que se atinja esse objetivo e ter uma equipe forte mentalmente, o Atlético, nos reforços que deverão chegar para a próxima temporada, deve contar com jogadores mais experientes. A juventude do time atleticano neste ano, em alguns momentos, acabou atrapalhando a caminhada do clube, sobretudo no Brasileirão, quando não conseguiu repetir a mesma performance nas partidas realizadas fora de casa, quando as dificuldades foram maiores em alguns duelos.

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Para a disputa da Libertadores, o objetivo principal do comandante rubro-negro é manter a regularidade e o desempenho defensivo do Furacão e aumentar o poder de fogo da equipe atleticana. Não a toa, o clube, sem perder tempo, já acertou a contratação do atacante Grafite, que foi um dos principais goleadores do Campeonato Brasileiro atuando pelo Santa Cruz, em que pese o rebaixamento do time pernambucano.

“Defensivamente, a equipe foi muito forte ao longo da temporada, o que é normal. Desenvolvemos determinados conceitos e os defensivos são aqueles que devem ser adquiridos primeiro, para dar uma sustentação e posteriormente agregar as ações ofensivas. Acho que o sistema defensivo da equipe foi muito bem trabalhado e deu uma resposta maravilhosa. Foi aquilo que nos fez classificarmos para a Libertadores e espero que possamos melhorar significativamente na fase de construção, meio campo ofensivo e ataque. Isso, certamente, dará um equilíbrio como equipe”, acrescentou o treinador.

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Para manter o bom desempenho defensivo do time, a diretoria segue buscando a renovação dos contratos dos zagueiros Thiago Heleno e Paulo André e do lateral-direito Léo, que foram peças fundamentais na temporada. Destes, o caso mais complicado é o de Thiago Heleno, que pertence ao Deportivo Maldonado, do Uruguai, que não aceita um reempréstimo, mas sim negociar o defensor em definitivo. Com a transferência envolvendo o volante Hernani para o Zenit, da Rússia, que rendeu cerca de R$ 28 milhões aos cofres do Furacão, a possibilidade da renovação do zagueiro, que rapidamente virou ídolo do torcedor, aumentou significativamente.