Um time que começou o ano como o favorito ao título estadual, mas que precisou se reinventar ao longo da competição e, enfim, encerrar o jejum que já durava sete anos. Em um resumo rápido, esta foi a saga do Atlético na conquista do Campeonato Paranaense.
Após as contratações anunciadas para 2016, o Furacão encorpou o elenco que fez um bom Campeonato Brasileiro e mostrou ter peças de reposição para esta temporada. Só que o começo no Estadual não foi bom e logo o técnico Cristóvão Borges foi demitido e deu lugar a Paulo Autuori. O novo treinador, desde que chegou, bateu na tecla de que o time teria que ser forte mentalmente. A cada entrevista, ele falava dessa necessidade, que começou a fazer parte do discurso dos jogadores também.
Aderindo a este conceito, o Rubro-Negro passou a jogar com uma postura diferente, brigando o tempo todo pela bola e impondo o ritmo de jogo. Mesmo quando não jogava bem, o Atlético conseguia contruir boas jogadas. Foi o primeiro passo para a equipe embalar rumo ao título.
Outro ponto forte foi o elenco. Não tanto por conta das contratações feitas para este ano (dos reforços, os zagueiros Paulo André e Thiago Heleno, o meia Vinícius e o atacante André Lima foram os que deram mais certo), mas as opções que o técnico tinha para mexer na equipe sem cair a qualidade.
De um jogo para outro, Paulo Autuori nunca repetiu a escalação. Não por achar que o time não tinha rendido o suficiente na partida anterior, mas sim para evitar um risco de lesão em alguém. Até mesmo nas partidas decisivas, o comandante atleticano fez alterações, que acabaram dando certo. Assim, basicamente todo o elenco esteve no mesmo ritmo e isso fez a diferença no momento em que se exigia uma substituição.
Desta forma, com um elenco unido e forte fisicamente e psicologicamente, nem mesmo a perda do título da Primeira Liga na derrota para o Flumimense na final fez os jogadores perderem o foco. Pelo contrário. O grupo estava preparado e, de certa forma, não ter sido campeão do torneio nacional fortaleceu ainda mais os jogadores para as finais do Paranaense. O título poderia ter embalado ainda mais o Rubro-Negro, mas a vontade de mostrar que poderiam de fato ser campeões ajudou na rápida recuperação.