O Atlético ganhou vinte dias para, em conjunto com a Fomento Paraná, achar uma alternativa de pagamento da dívida de R$ 226,1 milhões referente aos contratos de empréstimos tomados na instituição financeira estadual para a reforma da Arena da Baixada e que foi cobrada judicialmente há dois meses pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), do Governo do Estado, gerida pela instituição financeira estadual. Os advogados do clube e do banco estadual pediram a suspensão do processo junto à 4ª Vara da Fazendo Público de Curitiba.
De acordo com a petição que a Tribuna teve acesso, assinada no dia 1º de outubro, o pedido da suspensão do processo por parte dos departamentos jurídicos das partes aconteceu pela perspectiva de acordo entre Atlético e Fomento Paraná. O pedido foi deferido no dia seguinte pelo juiz Guilherme de Paula Rezende, da 4ª Vara da Fazenda Público de Curitiba.
Se o acordo entre as duas partes não ocorresse e o pedido de suspensão do processo não tivesse sido feito na Justiça, o Atlético, que foi acionado judicialmente para pagar a dívida no dia 10 de agosto, teria somente mais 15 dias para embargar o processo. A assessoria de imprensa da Fomento Paraná informou que o processo está suspenso para que as duas partes possam chegar a uma solução quanto ao pagamento das parcelas do financiamento.
A instituição financeira não fala sobre os contratos com seus clientes e, até o dia 11 de agosto, quando a CAP S/A – sociedade de propósito específico criada para gerir as obras do estádio -, através do seu presidente, Mário Celso Petraglia, foi notificada judicialmente, somente três parcelas do primeiro financiamento obtido em 2012 e duas do segundo contrato, tomado no ano seguinte, haviam sido quitadas pelo clube. A dívida, na ocasião, era de R$ 14,2 milhões, sem contar os juros e multas.
Por isso, a Fomento Paraná, através do FDE, notificou o Atlético na Justiça e pediu a penhora do CT do Caju, da Arena da Baixada, dos recebíveis do estádio e dos recursos da venda de potencial construtivo cedidos pela Prefeitura de Curitiba para a reforma da Arena da Baixada, conforme garantias dadas pelo clube nos contratos de financiamento. O contrato prevê que, em caso de não pagamento das parcelas, o clube teria que arcar com o valor total dos financiamentos, que chegou a R$ 226,1 milhões.
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