Barranquilla (Colômbia) – A cidade de Barranquilla parou para acompanhar o primeiro jogo da grande final da Copa Sul-Americana. Estádio Roberto Meléndez lotado, show do torcedor colombiano nas arquibancadas e Junior Barranquila e Atlético, em campo, fizeram um duelo digno de decisão de um torneio internacional. A partida com muitas alternativas terminou empatada em 1×1 e caberá agora à torcida do Furacão, no duelo da volta, semana que vem, na Arena da Baixada, dar o show que lhe cabe para embalar a equipe à inédita conquista.
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Para o atleticano que foi à Colômbia, o dia começou cedo. Ainda na frente da concentração do Furacão, os torcedores se reuniram para passar aquele apoio a mais para o time. A missão de todos era procurar algo para fazer em Barranquilla, já que a ansiedade estava tomando conta com a aproximação da partida.
Nas ruas da cidade, não se falava em outra coisa. Seja na roda de amigos, no papo dos taxistas ou até mesmo na fila do supermercado, a grande final da Copa Sul-Americana estava na boca do povo colombiano. E não é para menos, já que o Junior Barranquilla, com a chance de conquistar seu primeiro título internacional da história, tratou a partida como a mais importante desde o seu surgimento.
No estádio Roberto Meléndez, a movimentação foi grande durante todo o dia. Próximo ao palco da decisão, era possível ver com facilidade os torcedores do time colombiano vestindo com o orgulho a camisa alvirrubra do clube, que é a sensação do futebol da Colômbia na temporada.
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Por volta das 15h30 (hora local), quando a reportagem da Tribuna chegou ao estádio, a movimentação nas ruas próximas já era grande. Ficou ainda maior com a aproximação do horário da partida. Os portões se abriram antes das 17h e rapidamente o Roberto Meléndez foi pintado pelas cores branca e vermelha. O Junior Barranquilla conta com duas grandes torcidas organizadas. Localizadas atrás dos dois gols, as torcidas Frente Rojiblanco e Los Cuervos não pararam um minuto sequer durante a partida.
Do lado vermelho e preto da decisão, o torcedor atleticano, mesmo em menor número, não deixou de fazer a sua festa. Cantou desde a chegada ao estádio. Antes de a bola rolar, a expectativa e a ansiedade eram grandes de todos da torcida do Furacão.
A receptividade do povo colombiano, seja do torcedor do Junior Barranquilla ou não, era unanimidade entre os rubro-negros que se aventuraram na Colômbia. O torcedor teve seu momento de festa logo no começo do segundo tempo, quando Pablo abriu o placar.
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Foram dois minutos de silêncio. Os quase 40 mil torcedores dos donos da casa pareciam não acreditar no que estavam vendo. Mas foi rápido. Quando Yoni González empatou, o estádio veio abaixo. Foi uma festa só para celebrar a igualdade e retomar a esperança da vitória na partida de ida.
E realmente poderia ter vindo. O Junior Barranquilla foi no embalo da sua torcida. Aumentou a pressão sobre o Atlético e teve a chance da virada na metade do segundo tempo, mas Rafael Pérez errou a penalidade. Assim, ficou tudo para a Arena da Baixada. No caldeirão lotado, o torcedor atleticano deve fazer a mesma festa para embalar a equipe para conquistar o título da Sul-Americana.
O que ficou marcado também foi a boa relação entre os torcedores dos dois clubes. Após o apito final, os atleticanos gritaram o nome do Junior Barranquilla e foram retribuídos com aplausos. Um gesto que pode ser repetido no duelo de volta, para mostrar a verdadeira paz nos estádios.
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