Explicações

Fernando Diniz minimiza problemas físicos no Atlético: “São desconfortos, não lesões”

Fernando Diniz garantiu que nenhum jogador está sendo sobrecarregado nos treinamentos. Foto: Jonathan Campos

Apesar de continuar invicto na temporada, o Atlético comandado pelo técnico Fernando Diniz vem sofrendo com as baixas de atletas que estão no departamento médico por conta de lesões musculares. Antes mesmo do empate em 1×1 com o Ceará, na última quinta-feira (15), que resultou na classificação do Furacão para a quarta fase da Copa do Brasil, o treinador já não contou com o atacante Bergson. O atleta sentiu dores musculares e sequer viajou com a delegação.

Durante o duelo, o comandante rubro-negro se viu obrigado a tirar de campo o zagueiro Wanderson, o lateral-direito Jonathan e o meia Raphael Veiga por conta de contusões. Como já tinha realizado todas as substituições possíveis, o volante Matheus Rossetto, que sentiu cãibras, o lateral-esquerdo Thiago Carleto, com dores nas pernas e o volante Camacho, com a mão supostamente fraturada, foram obrigados a permanecer em campo. No entanto, Diniz minimizou a situação e reforçou que os problemas não foram lesões, apenas desconfortos.

“Os jogadores tiveram desconforto muscular, e não lesão muscular. Não tivemos lesões musculares, só tivemos o problema do Wanderson, que não foi lesão. Ele disse que estava com medo de se lesionar e saiu. Camacho provavelmente quebrou a mão. Teve o problema de uma pancada no tornozelo do Veiga e o Jonathan sentiu o joelho”, relatou o técnico.

Até aqui, a equipe principal do Atlético fez apenas quatro jogos em um período de dois meses, o que não justificaria, teoricamente, tantas lesões, geralmente contraídas por esforços repetitivos. Porém, Diniz preferiu olhar para o outro lado e destacou que o time vem conseguindo superar a falta de ritmo de jogos e que duelos com a intensidade de Copa do Brasil exige muito dos atletas.

“A gente tem um elenco muito enxuto, isso prova que o trabalho vem sendo bem feito e não mal feito. Suportar jogos dessa intensidade sem estar tendo ritmo de jogo, que seria preocupante. Ficar sem jogar partidas oficiais não quer dizer que você está menos propício a ter lesão. O estilo do jogo é totalmente diferente e eu repito, não teve nenhuma lesão muscular até agora. Foram desconfortos”, enfatizou ele, que ainda ressaltou que preza pela integridade de seus jogadores.

“A gente preservou o Bergson porque corria o risco de lesão muscular, a gente não lesiona dessa forma. A gente não perdeu nenhum jogador por mais de 20 dias. A gente poupa o jogador cinco ou seis dias justamente para não machucar”, completou.

Incomodado com os questionamentos a respeito dos problemas físicos em campo no Castelão, o treinador ainda fez questão de destacar que sempre comandou times como poucos problemas de lesão e que, inclusive, este número diminuiu no Furacão após a sua chegada.

“Não teve lesão muscular e não adianta criar esse tipo de situação. Aliás, os times que eu dirijo não costumam ter lesão muscular. A gente baixou o índice de lesão do Atlético. Tinha uma média de 20% de jogadores no DM e hoje tem 3% a 5% só”, detalhou.

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