Na tampa

Fernando Diniz já impõe metodologia no Atlético, que ainda precisa ser aprimorado

Foto: Itamar Aguiar/Estadão Conteúdo

A estreia do time principal do Atlético não foi bem como o torcedor esperava. Apesar do empate em 0x0 com o Caxias ter garantido a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil, o Furacão demorou para engrenar em campo. No primeiro tempo, permitiu espaços para os gaúchos atacarem e teve dificuldades para contra-atacar.

Já na segunda etapa, melhorou o posicionamento em campo. Tanto que deu trabalho no final e poderia até ter saído com a vitória, mas a falta de ritmo pesou bastante.

“Foi o primeiro jogo, temos muito o que evoluir ainda, ainda pesa a questão de ritmo de jogo. Mas tivemos a oportunidade vencer o jogo, tivemos chances e o projeto, o jeito de o Diniz trabalhar vai funcionar. Todo mundo está correndo, se dedicando e agora só falta ritmo de jogo”, apontou o zagueiro Thiago Heleno, o novo capitão rubro-negro, após a saída de Weverton.

E o trabalho do técnico Fernando Diniz, mesmo que aos poucos, foi colocado em prática. Toque de bola, paciência para chegar ao ataque e rotatividade no posicionamento foi muito visto quando o Atlético tinha a posse de bola. Na maioria das vezes, a formação tática deu certo, com bons lançamentos entre os marcadores e os companheiros se colocando à disposição para a troca de passes.

“O que ele passa todo mundo já entendeu bem, mas as pernas ainda não respondem. A gente precisava treinar, precisava saber o que o Diniz queria, entender o máximo possível, e acho que entendemos”, reforçou o General.

No entanto, alguns pontos ainda deixaram a desejar, principalmente quando a equipe não tinha a posse de bola, que é, inclusive, uma característica de Fernando Diniz. O Caxias foi quem ditou o ritmo e atacou mais, rondando a área de Santos na maior parte do tempo, especialmente na primeira etapa quando o entrosamento e o ritmo de jogo pesaram contra o Furacão.

Só que, para o treinador, apesar das falhas apresentadas, esta ‘mudança’ no perfil do time foi por conta da circunstância. Por ser o primeiro jogo oficial do Rubro-Negro, e diante de um adversário que tinha a necessidade da vitória, o mais importante era saber se posicionar defensivamente.

“A equipe sempre tem o que melhorar, mas por ser a primeira partida a gente teve uma coesão defensiva boa, enfrentamos uma equipe que tem um bom aproveitamento na bola parada e a gente soube marcar muito bem. Era um jogo para não tomarmos um risco exagerado”, analisou o comandante atleticano.

De qualquer forma, entre erros e acertos, a filosofia já foi implementada. Até o próximo jogo, válido pela Copa do Brasil, serão mais três semanas de treinamentos intensos para corrigir as falhas apresentadas contra o Caxias, principalmente no setor ofensivo.

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