Ainda em silêncio e sem uma diretoria de futebol definida, o Atlético deve apostar, por ora, no técnico Tiago Nunes, campeão paranaense e atual comandante do time de aspirantes do clube, para trabalhar com a equipe principal até que um treinador seja definido para a sequência da temporada. Depois de demitir Fernando Diniz, e de ver o presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia, se afastar do dia a dia do futebol atleticano, a diretoria não achou um nome ideal para mudar o rumo do clube em 2018.
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Desde que o treinador foi demitido, na segunda-feira (25), o Furacão passou a buscar um novo nome para comandar o elenco. A cúpula atleticana teria tentado a contratação dos técnicos Zé Ricardo e Abel Braga, mas a pedida de ambos teria sido alta e, por isso, Tiago Nunes foi escolhido para ser o interino. Ele começa a treinar o time nesta quarta-feira (27), no CT do Caju, acompanhado do seu auxiliar, Evandro Fornari.
Tiago Nunes chega com moral. Na campanha do time alternativo que culminou com a conquista do título do Campeonato Paranaense, o treinador foi ovacionado pelo torcedor depois de vencer o Coritiba na decisão do Estadual. Pelo menos com essa pressão o comandante não vai sofrer nos primeiros jogos que estiver à frente da equipe rubro-negra, contra Cruzeiro, pela Copa do Brasil, e Internacional, pelo Campeonato Brasileiro.
De segunda-feira para terça-feira (26) nada havia mudado. A reportagem da Tribuna do Paraná tentou contato com o presidente do Conselho Administrativo do Atlético, Luiz Salim Emed, mas o dirigente não atendeu as ligações. A saída de Diniz sequer foi anunciada oficialmente. Nas redes sociais, o clube tem postado assuntos aleatórios, como até aniversário de patrocinador, e tem causado a revolta do torcedor atleticano.
Além da demissão de Fernando Diniz e do afastamento de Petraglia, quem também pode estar deixando o Atlético é Sidcley Menezes, que ocupava o cargo de gerente de futebol. Por isso, e agora ainda mais, o Furacão precisa contratar, além de um novo treinador, também um novo diretor de futebol para a sequência da temporada.
Tempo perdido
Foram, na verdade, quase duas semanas jogadas fora. Foram 11 dias desde a derrota sofrida para o Botafogo, no Rio de Janeiro, até a última segunda-feira, quando o time atleticano se reapresentou no CT do Caju. Tempo suficiente para a diretoria definir de vez os rumos do seu departamento de futebol.
O que se viu, porém, foram muitas especulações, reuniões e poucas definições. Mário Celso Petraglia ficou praticamente sozinho na tentativa de manter embora o técnico Fernando Diniz. Por isso, e pela pressão de outros membros da diretoria e de conselheiros, acabou se afastando do dia a dia do futebol rubro-negro. Assim, a saída do treinador foi definida somente segunda-feira, na reapresentação dos jogadores no CT do Caju.
O Atlético será o primeiro time a entrar em campo depois da Copa do Mundo. Na segunda-feira, dia 16, um dia após a final do Mundial, o Furacão já encara o jogo da volta das oitavas de final da Copa do Brasil diante do Cruzeiro, no Mineirão. Três dias depois, recebe o Internacional, na Arena, pelo Brasileirão. O técnico Tiago Nunes deve estar à frente do Rubro-Negro nesses dois compromissos e, bons resultados e boas atuações podem até fazer a diretoria efetivá-lo para a continuidade da temporada.
