A briga entre Os Fanáticos e a diretoria do Atlético ganhou mais um capítulo. Vitória à parte do Furacão, a torcida organizada tentou peitar o clube. Antes de a bola rolar, facção divulgou uma nota nas redes sociais orientando seus associados a enfrentarem a proibição de materiais e camisas determinada pelo Furacão nos jogos realizados na Arena da Baixada, se apoiando no Estatuto do Torcedor, que segundo a facção confere apenas à Justiça o poder de impor sanções às torcidas – quer dizer, a decisão da diretoria atleticana seria contrária ao Estatuto.
Alguns torcedores até compraram a briga e tentaram entrar no estádio uniformizados. Alguns conseguiram, enquanto os outros registraram um boletim de ocorrência na Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos).
Dentro da Arena é que a briga mais uma vez foi notória. Enquanto o Rubro-Negro espalhou faixas com os dizeres “Atleticano seja verdae, 40k já” e “+ sócios, + time”, a Os Fanáticos fez um protesto no segundo tempo, quando ficou dez minutos em silêncio.
No meio da briga, até a organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, mostrou apoio à facção atleticana e criticou o presidente do conselho deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia. “Infelizmente, sob os mandos e desmandos do dirigente Mário Celso Petraglia, a festa no estádio vem sofrendo um verdadeiro atentado. E o que mais nos assusta, é perceber que tais proibições vão de encontro com o próprio Estatuto do Torcedor. Vemos refletida no Sr. Petraglia, a imagem do clássico dirigente ultrapassado e retrógrado que hoje toma frente do nosso futebol”, diz parte da nota que a Gaviões publicou, também se apegando ao Estatuto do Torcedor.
Mas, no fim das contas, o Furacão acabou saindo ganhando nesta disputa. Não só pelo triunfo em campo, mas por ter deixado o material das organizadas de fora e também por ter levado o seu melhor público neste Brasileirão (27.982 o público total).