Cada vez mais o Atlético vai deixando seu torcedor preocupado no Campeonato Brasileiro. Com apenas uma vitória nos últimos oito jogos, o Furacão vai se afastando do G7 e se aproximando cada vez mais da zona de rebaixamento, da qual está a apenas três pontos.
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Mas, mais do que a queda na tabela, o desempenho em campo é que é o mais preocupante. Na derrota por 2×1 para o São Paulo, no sábado (14), no Pacaembu, o Rubro-Negro foi totalmente dominado pelos donos da casa. No primeiro tempo, parecia que o Atlético havia aberto mão de atacar e passou quase o tempo todo no campo de defesa, segurando o ataque do adversário. Algo que foge completamente das características que o técnico Fabiano Soares exige do seu time, que é de ir para cima, independentemente de onde for a partida. Algo que não se viu no Pacaembu.
O único momento em que o Furacão atacou com perigo foi quando abriu o placar. Aos quatro minutos, Sidcley cruzou pela esquerda, Felipe Gedoz cabeceou e Sidão espalmou. Na sobra, Douglas Coutinho aproveitou e mandou para as redes. Aí sim, quando a equipe podia se fechar diante da pressão do São Paulo, acabou se abrindo mais em campo, permitindo que os donos da casa fossem ainda mais para cima e conseguissem o empate com Lucas Pratto, aos 15, e Maicosuel, aos 37.
“Nós não conseguimos competir. Sinceramente, jogando fora de casa, ganhando, dar transição para o São Paulo, isso é suicídio. Competimos mal e facilitamos a vida deles”, admitiu o treinador.
Os dols gols do tricolor paulista, aliás, surgiram em falhas do sistema defensivo do Furacão. Algo que vem se tornando rotina. Primeiro, Cueva lançou Lucas Pratto na área em meio aos marcadores e o atacante argentino, mesmo sem ângulo, conseguiu vencer Weverton.
“Tínhamos uma vantagem, então era só se juntar, como estava pedindo, e depois fazermos a transição para arrebentar o São Paulo. O problema é que seguimos para frente, para frente, parecíamos índios e demos a transição para o São Paulo e isso é culpa minha”, acrescentou Soares
No final, mais uma vez Cueva, que não foi bem marcado e saiu livre para criar oportunidades ao longo da partida, apareceu em rápido contra-ataque para colocar Maicosuel na cara do gol. O contra-ataque, por sinal, surgiu após Hernanes roubar uma bola de Pavez no meio-campo, onde o São Paulo tomou conta e tinha enorme vantagem, tanto de marcação quanto de posse de bola.
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“Infelizmente perdemos o jogo em um ponto onde não poderíamos errar. Estávamos ciente que uma bola perdida seria muito complicado para nós e foi o que aconteceu”, afirmou o meia Felipe Gedoz
“O Atlético estava dominando o segundo tempo após o gol. Conseguimos melhorar a posse de bola, criar oportunidades, mas, infelizmente, em um vacilo, o São Paulo tem qualidade, é complicado. Demos oportunidades, eles criaram e fizeram os gols”, ressaltou Weverton.
Erros que custaram caro não só contra o São Paulo, mas que estão se repetindo nas últimas partidas e ligam o sinal de alerta no Atlético, que precisa se recuperar rapidamente para evitar que a reta final do Brasileirão seja fugindo das últimas posições.