“Temos que cortar essa sangria de gols e ser mais fortes defensivamente”. Desde que chegou ao Atlético, em julho, este era o discurso do técnico Fabiano Soares. O tal corte sangria tem como significado estancar, ou seja, fazer o time parar de levar tantos gols, como vinha acontecendo. Demorou um pouco, mas a zaga do Furacão voltou a ser um ponto forte da equipe.
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Desde que o novo treinador assumiu, entre Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores, foram dez partidas e onze gols sofridos – contando a derrota por 2×0 para o Cruzeiro e o empate em 2×2 com o Corinthians, quando ele apenas acompanhou os duelos do camarote, com o auxiliar-técnico Kelly no banco -. Porém, nos últimos cinco jogos, foram apenas dois gols levados.
Ou seja, na metade do caminho o time diminuiu em mais de um quarto o número de gols sofridos, mostrando uma evolução do sistema defensivo. Mesmo com o alto rodízio entre os zagueiros. Até aqui, quatro defensores foram utilizados por Fabiano Soares. Thiago Heleno foi o que mais jogou, com sete partidas, seguido por Paulo André e Wanderson (6), enquanto Cléberson atuou uma única vez.
Talvez até por conta deste ‘rodízio’, o Rubro-Negro recuperou o fôlego do ano passado. Em 2016, o Atlético teve, ao lado do campeão Palmeiras, a melhor defesa do Brasileirão, com apenas 32 gols sofridos. Já em 2017, o desempenho caiu rapidamente. Tanto que a defesa aparece apenas como a nona menos vazada da competição, com 23 gols sofridos.
Para se ter uma ideia, antes desta recuperação, levando em conta só o Campeonato Brasileiro, até a 16ª rodada, o Furacão já havia levado 22 gols, estando entre as seis piores defesas da competição. Uma evolução que se refletiu também nos resultados.
Com quatro vitórias seguidas, o Rubro-Negro deixou a zona de rebaixamento e ingressou no G6 do Brasileirão, subindo nada menos do que 11 posições na tabela. E a diferença foi justamente fora de casa. Se na Arena da Baixada foram duas goleadas – 5×0 no Avaí e 4×1 no Bahia -, como visitante foram dois triunfos pelo placar mínimo, 1×0 diante de Vasco e Palmeiras, em partidas onde a defesa se portou bem e, embora tenha sofrido um pouco de pressão e até bolas na trave, não foi tão exigida, mostrando segurança e, principalmente, tranquilidade.
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Até mesmo na derrota por 1×0 para o Santos, pela Libertadores, na Vila Belmiro, o goleiro Weverton não foi tão exigido, com o gol sofrido saindo em um lance de contra-ataque, quando o Atlético se lançou para cima diante da necessidade de vencer por dois gols de diferença.
Contra o Grêmio, domingo (20), na Arena do Grêmio, o Furacão terá uma nova oportunidade de mostrar que a defesa voltou a ser o ponto forte do time em uma briga por uma vaga na Libertadores. Pelo desempenho recente, a confiança é de que o Rubro-Negro volte, pelo menos, com um empate na bagagem.