O técnico Paulo Autuori estava muito irritado depois do empate entre Atlético e Atlético-MG em 1×1, neste domingo (22), na Arena da Baixada, em jogo válido pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar de concordar que o nível da partida foi alto e que o rival impôs muitas dificuldades ao Furacão, o treinador ficou indignado com o lance que o excluiu, e partiu para o ataque contra o quarto árbitro, o catarinense Ronan Marques da Rosa.
Aconteceu o seguinte: numa dividida pelo alto entre Carlos e Hernani, a bola tocou por último no jogador do Galo, mas o árbitro marcou escanteio em vez de tiro de meta. Autuori se irritou e reclamou, e imediatamente foi excluído da partida. Aí o homem enlouqueceu. Partiu para cima de Ronan da Rosa, reclamou de tudo e mais um pouco e precisou ser contido por jogadores e por Carlinhos Neves, coordenador técnico do Atlético-MG. “Calma, Paulo”, falava Carlinhos, enquanto o treinador berrava contra o quarto árbitro.
Na entrevista coletiva após a partida, Paulo Autuori utilizou seu estilo para criticar. “Nesse momento quero citar Mário Quintana, que disse que a mentira é uma verdade que deixou de acontecer. O que ele fez foi mentir, descaradamente”, atirou o treinador rubro-negro, que garantira ainda no gramado que não havia xingado Ronan. “Não vou parar de reclamar à beira do gramado. Mas digo aqui que paro a minha carreira de quarenta anos no futebol se eu fui ofensivo com a equipe de arbitragem”, disse.
Autuori não parou. “Quero deixar um recado para a CBF, a comissão de arbitragem e para o STJD: o que aconteceu aqui foi a mentira. E é essa a minha bronca. Ele não tem como provar que eu fui ofensivo, porque eu não fui”, criticou o técnico, que no entanto não quis ampliar suas contestações aos lances polêmicos da partida. “São lances de interpretação. Eu não vi, mas a TV disse que o Walter sofreu pênalti. E tivemos dois lances de mão. Mas isso eu não discuto, o que eu não aceito é mentira”, finalizou, dando a última estocada em Ronan Marques da Rosa.