Ainda não foi dessa vez que o Atlético conquistou a tão sonhada vitória fora de casa nessa temporada. Pelo contrário. Mais uma vez o time deixou a desejar em alguns momentos e acabou perdendo de virada para o América-MG por 3×1, neste domingo (3) na Arena Independência. Resultado que voltou a deixar o Rubro-Negro preocupado. Com nove pontos, a equipe está na 16ª colocação no Campeonato Brasileiro, apenas um ponto à frente do Vitória, que abre a zona de rebaixamento.
No entanto, a situação parecia que seria revertida e, enfim, o Atlético conseguiria acabar com esse jejum. Um pouco mais solto em campo, o Furacão voltou a abusar da troca de passes, na tentativa de encontrar espaços para atacar, o que fez algumas vezes. Só que, ao mesmo tempo, deixou um buraco entre a defesa e o meio-campo, permitindo que o América-MG também fosse para cima e até criasse mais chances ao longo dos 90 minutos, quase sempre em jogadas em velocidade.
Ainda assim, o Rubro-Negro saiu na frente, com um chutaço de Thiago Carleto, cobrando falta, aos 37 minutos do primeiro tempo. Mais uma vez o lateral abusou do pé pesado. A bola passou no meio da barreira, mas como o lateral-direito Norberto agachado atrás, que não foi o suficiente para impedir o gol, o primeiro do Atlético como visitante. Até então, eram oito jogos fora e nenhuma vez a rede havia sido balançada.
Só que a alegria durou pouco e dois minutos depois o América-MG empatou, em uma bobeira da defesa atleticana, que tentava desarmar o adversário, que foi tocando aos trancos e barrancos até a bola chegar nos pés de Serginho, que, na pequena área, rodeado por dois marcadores, fez o gol.
Aliás, falha de marcação foi o que gerou os outros dois gols do Coelho. No segundo tempo, o Furacão parecia que continuaria indo pra cima – Thiago Heleno chegou a acertar o travessão -, mas lá atrás os erros seguiram. Aos 31, Serginho aproveitou cruzamento de Aylon pela esquerda e, completamente livre, na área, cabeceou por baixo de Felipe Alves.
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E ainda teve tempo para Ademir receber passe de Aderlan na área e, com espaço para chutar, mandou para as redes, aos 42. Jogadas que foram originadas na maneira que o Atlético gosta de jogar, aproveitando os contra-ataques em velocidade. Mais uma vez o time sofreu do próprio veneno, o que vem sendo rotineiro fora de casa.
Fernando Diniz, dessa vez, até arriscou mais, colocando Raphael Veiga e Bergson nos lugares de Wanderson e Matheus Rossetto. Na teoria, o time ficou mais ofensivo, mas as alterações só vieram nos últimos minutos, quando o placar já era favorável aos donos da casa. Se dessa vez não faltou inspiração, faltou atenção. Na hora de concluir as jogadas e também para segurar o adversário, mais um que anulou as armas atleticanas.