A partir do começo do ano que vem o Atlético pode ter um novo mascote. Pelo menos essa é a expectativa de Fernando Macedo, chefe de criação do estúdio Spirit Animation e responsável por comandar a reformulação da marca do Furacão. Uma única certeza é que não será nada começado do zero e que o histórico do clube e da torcida serão levados em conta.
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“Estamos fazendo várias análises. Obviamente, estamos levando em consideração a torcida: o histórico, o que gosta, o que funciona. Não é uma coisa nova, do nada, que vai vir sem conexão nenhuma, mas tem vezes que é necessário matar o antigo e ir para uma bola nova. Por isso que a fórmula não é tão simples assim. Então estamos estudando vários caminhos para poder sugerir uma boa pegada”, avaliou Macedo, explicando também que o projeto tem pelo menos 15 pessoas da empresa envolvidas.
Com 12 anos no mercado, Fernando Macedo diz que a maioria dos mascotes brasileiros não são aproveitados como deveriam. Segundo ele, a figura deve se tornar alguém de verdade, totalmente identificado com a instituição.
“Os mascotes que existem no Brasil são muito pouco e mal utilizados. Comparado com o mercado americano, eles são muito melhores lá. Isso em relação à paixão, da galera ser fanática e adorar o personagem. Não só investir no álbum de figurinhas, mas ele realmente ser um torcedor ativo, com design, histórico e personalidade. Como se fosse uma pessoa de verdade mesmo”, analisou.
Mascote 3D?
A Spirit já trabalhou para o Atlético. Foi ela a responsável por elaborar a apresentação do clube para a FIFA sobre a Arena da Baixada antes da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil. Especializada em animação, produz há dois anos a série Carlos para a Disney -, essa pode ser uma inovação em relação ao mascote.
“Tem muito a ser feito nesse sentido. Se pegar a franquia do Lego, eles estavam falindo, ressurgiram fazendo um longa-metragem animado e agora é o brinquedo número um do mundo. Então você vê a força de uma animação com isso. É claro que o desenho é uma coisa, mas quando você vê ele sorrindo, se comunicando e se movimentando é outra”, conta.
Qualquer que seja o resultado, o chefe de criação da empresa sabe que o novo símbolo do clube não será consenso entre o público, mas diz que será um resultado de muito esforço.
“Uma coisa é fato: nunca agrada todo mundo. Seja o que vai sair, isso é impossível. Temos uma história legal com o Atlético, então é uma responsabilidade e honra. Vamos fazer nosso melhor”, finalizou Fernando.