Aquele 3×0 sobre o Cruzeiro, no Mineirão, já ficou para trás. A partida que colocou o Atlético no G4 e fez a torcida se empolgar com a campanha da equipe, praticamente foi esquecida e deu lugar às vaias, cobranças e xingamentos. Assim que o árbitro deu o apito final do empate em 0x0 do Furacão com a Chapecoense, quinta-feira (21), as vaias tomaram conta da Arena, que teve um bom público (22.181 pagantes) e prometia voltar a transformar o estádio em um caldeirão.
O resultado não pode ser considerado de todo ruim pelo Rubro-Negro. Agora, qualquer empate com gols na Arena Condá, semana que vem, pelo jogo de volta da terceira fase da competição, classifica o time para as oitavas de final. Um novo 0x0 leva a disputa da vaga para os pênaltis. No entanto, o que tirou a paciência dos torcedores foi mais uma fraca atuação em casa, assim como já havia acontecido no 1×1 com o Vitória, no domingo, pelo Campeonato Brasileiro.
Desde os 15 minutos do primeiro tempo, a torcida já dava indícios de que não ia aceitar as trocas de passes do Atlético. Assim que a bola voltava para a defesa, principalmente para Weverton, uma ou outra reclamação já era notada. Aliada às poucas chances de gol, a impaciência ia aumentando. Walter no primeiro tempo, e André Lima no segundo, pouco tocaram na bola. Rara uma ou outra jogada na área, os atacantes eram apenas meros espectadores em campo. O camisa 18 até saía mais para ser opção, mas quando recebia a bola, mais errava do que acertava.
Os erros, aliás, foram constantes. Tirando uma bola ou outra arriscada de fora da área, como os chutes de Hernani e Sidcley, o Furacão pouco deu trabalho a Danilo. Ao contrário de Weverton, que se mal tocou na bola nos primeiros 45 minutos, na etapa final foi peça fundamental para que o 0x0 fosse mantido no placar.
Com a torcida cada vez mais irritada e vaiando demais a equipe quando a bola era recuada, a Chapecoense se aproveitou do nervosismo atleticano e partiu para cima, exigindo do goleiro boas defesas. Vendo o Rubro-Negro acuado, os torcedores voltaram a apoiar, gritar e incentivar. Mas bastavam novos erros de passe ou finalização para as cobranças voltarem a falar mais alto.
No final, com as duas equipes mais abertas, o jogo ficou um pouco mais emocionante (perto do que foi na maior parte do tempo). O Atlético teve duas boas chances. Primeiro, Walter ficou com a bola sozinho na entrada da área, mas tentou de primeira e mandou longe. Depois, André Lima recebeu cruzamento na área, mas bateu com o braço na bola, que ainda bateu na trave, mostrando que não queria entrar de jeito nenhum. Do outro lado, Kempes parou em Weverton. Foi o momento mais empolgante, mas que serviu apenas para irritar ainda mais os torcedores.
Desconstrução! Veja mais sobre o Atlético na coluna do Mafuz!