Se alguém ainda tinha dúvidas que o futebol é emocionante, este 2017 vem dando uma prova atrás da outra. Os torcedores do Atlético tiveram o seu dia nesta quarta-feira (17). Um jogo daqueles de entrar pra história, uma virada inacreditável, uma classificação heroica. O Furacão fez 3×2 na Universidad Católica em Santiago e está nas oitavas de final da Copa Libertadores.
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Havia um nervosismo no ar. Mais que natural, mais que aquele que haveria em uma rodada final da Libertadores, era possível sentir que a eletricidade era maior no San Carlos de Apoquindo. A Católica partia para o ataque de forma até atabalhoada, cruzando para a área atleticana de qualquer lugar. O Furacão não conseguia manter a posse de bola, chegava na frente e tentava concluir o lance rapidamente. A pelota queimava os pés dos jogadores.
Uma festa em momento inesperado da torcida rubro-negra era o sinal. O Flamengo vencia o San Lorenzo. Foi um sinal para que o Atlético botasse os nervos no lugar. E, aos poucos, os visitantes passaram realmente a dominar o jogo. Criou oportunidades com Sidcley, com Nikão. Este parou em Toselli, na melhor chance da etapa inicial. Pablo, Otávio e Nikão se destacavam, Jonathan também estava bem.
Mas o Furacão falhou. E como os últimos jogos mostraram, falhas são fatais. Aos 35 minutos, a jogada que começou com Espinoza, progredindo sozinho enquanto era observado por Lucho González, a bola chegou a Buonanotte, que ajeitou para o grandalhão Santiago Silva chutar de primeira, bem no canto, sem chances para Weverton. O gol derrubou o Rubro-Negro, que se arrastou até o intervalo.
O Atlético tentou ser mais agressivo na etapa final. Os problemas de marcação continuavam, mas naquele momento também pouco importavam, porque o que o time precisava era de um gol para empatar a partida. Mas com Grafite em péssima noite, as diversas bolas alçadas na área não surtiam efeito. Outro que não justificava sua presença em campo era Lucho, que só foi sair aos 17 minutos para a entrada de Carlos Alberto. Grafite saiu logo depois para a entrada de Eduardo da Silva.
E foram os dois que criaram o lance do empate. Após um lateral cobrado por Sidcley, Carlos Alberto chamou Magnasco para dançar e cruzou para sérvio naturalizado brasileiro deixar tudo igual. A festa pelo gol que daria a classificação durou apenas trinta segundos, pois praticamente ao mesmo tempo o San Lorenzo empatou com o Flamengo e voltou a ficar à frente. Era preciso vencer para seguir na Libertadores.
Douglas Coutinho fez o gol. Um golaço, numa arrancada do próprio campo, saindo sozinho na cara de Toselli. Festejou emocionado. Eram as oitavas de final ao alcance da mão. Mas o jogo não havia acabado. E Noir, sabe-se lá como, acertou um chute espetacular, na gaveta. 40 minutos de jogo, 2×2 no placar, o Atlético perdia a vaga. Mas aos 41 minutos Jonathan rolou para Carlos Alberto mandar no ângulo. Outro golaço. Falar o quê? Que o futebol é espetacular, e que só mesmo ao apito final foi possível dizer que o Furacão continuaria soprando pela América do Sul.