O Atlético ainda não confirmou oficialmente, mas Clarence Seedorf está em vias de ser anunciado como o novo técnico do clube para 2018. Depois de duas reuniões, uma na quinta-feira e outra na sexta-feira, o holandês retornou para São Paulo, mas com uma proposta em mãos, que deve ser respondida nesta semana. O fato de ganhar uma nova chance de se projetar como técnico, dentro de um perfil europeu e com ampla liberdade para administrar time principal e a base, agradou o treinador. No entanto, a simples negociação com o holandês já vem dando retorno. Nos últimos dias, o Furacão virou manchete nos principais jornais de todo o mundo.
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Sites da Itália, onde ele jogou boa parte da carreira, Holanda, Bélgica, Alemanha e até do Chile divulgaram as negociações, internacionalizando a marca do clube, que é um dos objetivos da diretoria com a contratação de Seedorf.
O planejamento é muito semelhante ao que aconteceu em 2006, quando o Atlético trouxe o campeão mundial Lothr Matthäus. No entanto, a passagem do alemão foi meteórica, com ele se envolvendo em problemas pessoais. Só que antes de sua saída, o time rendeu em campo no Campeonato Paranaense, enquanto o clube virou notícia mundial.
Mas uma grande diferença entre os dois casos é que, lá atrás, Matthäus veio para apenas comandar a equipe, enquantpo Seedorf terá um desafio a mais agora. Além de ser o treinador, o ex-meia terá a missão de ser um manager do Furacão, cuidando não só do time principal, como também de todas as categorias de base, sendo o responsável pela ‘transição’ dos mais jovens, além de implementar a filosofia de trabalho e treinos para a garotada. Um desafio que agradou o holandês.
Outro ‘obstáculo’ que Seedorf terá que superar é o fato de ser o responsável também por contratar novos reforços para o time. Até aqui, o Rubro-Negro confirmou apenas o atacante Bergson, mas o lateral-esquerdo Thiago Carleto também está contratado, esperando apenas acabar o vínculo com o Coritiba para ser anunciado. Mas para o ano que vem outros nomes chegarão e o treinador participará destas contratações.
Apesar de ter jogado no Brasil – defendeu o Botafogo entre 2012 e 2013 -, o holandês não tem um amplo conhecimento do mercado brasileiro. Com isso, teria que estudar bem adversários para poder indicar nomes que se encaixem no perfil do clube.
Situações que certamente foram discutidas por ele e Petraglia nos últimos dias e que não devem impedir um possível acerto. De qualquer maneira, antes mesmo de tudo se confirmar, o Atlético já vê os objetivos se encaminharem.