General fez de tudo!

Em noite de Thiago Heleno, Atlético supera pressão pra liderar Libertadores

General comandou o Atlético na Arena e foi o grande nome da vitória sobre o Flamengo. Foto: Marcelo Andrade

Um jogo pra ser guardado. Com uma atuação de garra e qualidade, o Atlético venceu o Flamengo por 2×1, na quarta-feira (26), na Arena da Baixada, e voltou à liderança do Grupo 4 da Copa Libertadores da América. Uma vitória tão importante que faz o Furacão depender apenas de si – se vencer o San Lorenzo, na próxima quarta (3), a equipe se classifica para as oitavas de final com uma rodada de antecedência. Enfrentando um rival duro, o Rubro-Negro teve força para abrir vantagem e segurar o melhor atacante em atividade no futebol brasileiro.

Não é fácil segurar Paolo Guerrero. O peruano foi meia, centroavante e ponta do Flamengo, que sentiu muito a ausência de Diego e de Éverton. Mas em alguns momentos nem parecia, porque era tão forte a presença do atacante do time carioca, que teve inclusive chances de marcar, mas parou em Weverton e principalmente em Thiago Heleno. O General foi o dono do jogo, fazendo de tudo no seu campo de batalha, o estádio Joaquim Américo.

Primeiro ele fez o que lhe cabe de trabalho, que é marcar. Ajudou na pressão inicial, empurrando o Flamengo para seu próprio campo, até o momento em que Nikão acertou a trave. Depois, começou a trabalhar, contou com a sorte no chute de Guerrero que foi para fora, até chegar o minuto 36 do primeiro tempo. Foi quando a falta cobrada por Matheus Rossetto cruzou o campo e chegou na área. Thiago desviou para o meio, na jogada ensaiada. Mas a bola tomou o caminho do gol, Alex Muralha se enrolou todo e a torcida fez a festa. Atlético 1×0, num momento em que o adversário tinha o domínio territorial da partida.

Lá atrás, Thiago Heleno teve trabalho com Guerrero, mas parou o peruano. Foto: Marcelo Andrade
Lá atrás, Thiago Heleno teve trabalho com Guerrero, mas parou o peruano. Foto: Marcelo Andrade

Na etapa final, o Flamengo se arrumou para atacar. Thiago Heleno teve que trabalhar. E como, porque toda hora era ou cruzamento ou chute ao gol de Weverton – foram 16 chutes, 20 cruzamentos e sete escanteios para os visitantes. O Atlético, para defender o resultado, foi ao seu limite físico. O símbolo foi Douglas Coutinho, que não resistiu às dores e às cãibras e acabou sendo substituído. Da mesma forma Lucho González, que saiu para a entrada de Felipe Gedoz.

Por mais que o Furacão tentasse, era o Flamengo quem jogava. E mais ainda quando Leandro Damião se somou a Guerrero na frente. Aí Thiago Heleno interveio diretamente. Deivid iria entrar, mas o General foi a Paulo Autuori e pediu para que Wanderson entrasse. E quem é Autuori para discutir? Entrou o zagueiro – logo depois de Damião acertar a trave numa cabeçada.

Era mais um jogo para quem gosta de sofrer, como diz Autuori. Mas uma bela jogada de contra-ataque parecia acalmar os mais de 36 mil torcedores que foram à Arena. Eduardo da Silva foi lançado, rolou para o meio da área. João Pedro fez o corta-luz e deixou Felipe Gedoz livre para completar para o gol. Era a vitória. Mas não seria tudo tão tranquilo. Houve tempo para William Arão aproveitar a falha da defesa atleticana e diminuir, e ainda para quatro minutos de agonia. Mas quando o árbitro venezuelano José Argote apitou, foi o lado rubro-negro paranaense que comemorou. Com liderança e tudo. E com gritos de “General” ecoando pela Baixada.

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