A trajetória de Pablo com a camisa do Atlético é uma das mais surpreendentes – e é uma das maiores reabilitações já vistas com a camisa rubro-negra. Tomado como grande jogador desde a base, quando subiu para o profissional alternou participações com times melhores e piores, mas sempre rendendo bem abaixo do que se poderia imaginar para uma das maiores revelações do clube. O resultado foi uma pressão gigante, que fez ser inevitável uma série de empréstimos. Ele saía do clube, voltava e imediatamente saía de novo.
O lugar onde ele mais foi feliz neste período foi o Figueirense. Em Florianópolis, o meia-atacante foi titular, virou ídolo e teve três passagens praticamente seguidas – entre 2012 e 2014, só interrompidas porque ele precisava retornar ao CT do Caju antes do reempréstimo. E no estádio Orlando Scarpelli, casa do Figueira, ele marcou nove gols. “Gosto muito de jogar lá”, resumiu Pablo, em entrevista ao site oficial do Atlético.
Agora, ele vive um outro momento. Em alta com o técnico Paulo Autuori, virou titular absoluto com a chegada do treinador, e agora imprescindível por ser o único meia central do elenco depois da saída de Vinícius. As vaias ficaram para trás – se houve estranhamento quando ele reapareceu no time, hoje ele é considerado um dos destaques do Furacão. E recentemente renovou contrato por mais duas temporadas.
E é com este ânimo que Pablo quer jogar num dos seus estádios preferidos. Mas sabendo que a parada vai ser dura, mesmo que o time catarinense esteja lutando para não ser rebaixado, enquanto o Atlético está sonhando com a Copa Libertadores. “É sempre muito difícil enfrentar o Figueirense lá. Vai ser um jogo duro, mas penso que a nossa receita tem que ser impor o nosso ritmo. Temos que encarar esse jogo com muita responsabilidade e com muito respeito. Se fizermos isso, creio que temos tudo para trazer os três pontos para Curitiba”, comentou o camisa 92 do Furacão.