Volante moderno, com uma marcação eficiente e com uma boa chegada na frente, principalmente pela potência dos seus chutes de média e longa distância, Hernani rapidamente ganhou a confiança do técnico Paulo Autuori, apesar de ter começado a temporada na reserva e ter se firmado apenas no Campeonato Brasileiro. Ao lado do volante Otávio, que também foi seu parceiro no sub-23, os dois formaram o eficiente setor de contenção rubro-negro
Além dessa característica de marcação, o jogador foi responsável por gols importantes do Rubro-Negro. O principal deles foi no primeiro jogo da final do Campeonato Paranaense, contra o Coritiba, na Arena da Baixada. O camisa 23 marcou, em cobrança de falta, o terceiro gol, que encaminhou o título estadual.
Hernani, agora no futebol europeu, já está realizando um sonho de poder atuar no velho continente. Porém, ele quer mais. O volante mira agora a seleção brasileira e poderá chamar a atenção do técnico Tite, que tem convocado seguidamente o meia Giuliano, que também é paranaense e será seu companheiro de time no Zenit.
Hernani deixará saudades. Com suas características, o Atlético não conta com nenhum jogador dentro do seu grupo que seja capaz de substituir a altura o agora ex-camisa 23. Das contratações realizadas pelo clube, nenhum exerce a função. O meia argentino Dátolo, que estava no Atlético-MG, foi o jogador pretendido que mais se aproximava das características de Hernani, mas a negociação não evoluiu e o atleta não deve acertar com o Rubro-Negro. Dentro do elenco, Matheus Rossetto é quem mais se aproxima do ex-companheiro.
Hernani, que é natural de São Gonçalo do Sapucaí, Minas Gerais, chegou ao Atlético em 2009. Nos anos de 2013 e 2014 ganhou notoriedade e teve mais oportunidades no time principal do Furacão a partir do ano passado. No clube, Hernani fez 134 partidas e marcou, ao todo, 19 gols.