O Atlético encara o Santos hoje, às 21h45, na Vila Belmiro, com a missão de, mais uma vez, reverter um tropeço na Libertadores. Uma situação que se tornou quase que corriqueira para o clube na competição este ano. A diferença é que agora o desafio é maior.
- Furacão já conseguiu na Vila Belmiro resultado que garantiu vaga
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Na segunda fase do torneio continental, o Furacão empatou por 3×3 com o Deportivo Capiatá, do Paraguai, na Arena da Baixada e teve que buscar a classificação fora, quando venceu por 1×0 na casa do adversário. Depois, ao ser derrotado por 3×0 pelo San Lorenzo diante da torcida, foi ao Chile e arrancou no final uma vitória por 3×2 sobre a Universidad Católica, avançando para o mata-mata. Só que, desta vez, só a vitória não basta, é preciso também fazer dois gols de diferença ou por um gol, desde que de 4×3 para cima.
Nada que desanime o grupo do Rubro-Negro. Pelo contrário. As vitórias heroicas nas fases anteriores servem como combustível para que o time siga confiando na classificação para as quartas de final.
“O grupo já demonstrou um poder de superação enorme, o clube também, com sua história, então temos que chegar no jogo e ter clara nossas ideias e estratégias para tentar fazer um bom jogo e tentar reverter. Pelo poder de superação do grupo, podemos crer”, afirmou o técnico Fabiano Soares.
Nas duas outras situações, o Atlético ainda era comandado por Paulo Autuori, agora dirigente, mas com convívio direto com elenco e comissão técnica. Além disso, é experiente no torneio, com diversas participações e dois títulos (1997 e 2005), algo que pode ser o diferencial após o apito final e que faz a equipe não desistir da recuperação.
“Primeiro não vamos renunciar a nada. Somos um dos grandes do Brasil, temos a nossa estratégia, o Paulo tem nos ajudado com sua experiência e no final saberemos se somos capazes de reverter. Temos equipe para reverter, confio e espero que todos confiem também”, acrescentou Soares.
Mas a tarefa não será fácil. Jogando na Vila Belmiro em 2017, o Santos, em 16 jogos, somou 11 vitórias e cinco derrotas, um aproveitamento de 68,75%. Porém, apenas um tropeço foi com Levir Culpi no comando (1×0 para o Sport, no Brasileirão). Além disso, nas outras quatro derrotas, apenas em uma o Peixe perdeu por um placar que o eliminaria hoje (3×1 para o São Paulo, no Campeonato Paulista).
Um desempenho que coloca os donos da casa como favorito para a classificação, mas que não assusta o Atlético, que confia nas atuações nas últimas partidas, quando somou três vitórias seguidas, sendo duas fora de casa.
“Na Vila o Santos é uma grande equipe e será dificílimo. Mas o Atlético está subindo de produção, tem grandes jogadores e pode pensar em passar essa eliminatória. No futebol já se viu de tudo, todo mundo dá o Santos como favorito, mas não vamos renunciar a nada. Eles também têm suas debilidades e vamos tentar aproveitar isso para reverter o resultado”, completou o comandante atleticano, que deve colocar um Furacão ofensivo em campo, com Matheus Rossetto e Lucho González como volantes e Sidcley aberto pela esquerda no meio-campo.