A reunião do Conselho Deliberativo, segunda à noite, teve os ânimos acirrados, como esperado. Após cumprir dois itens da pauta com tranquilidade, a cobrança chegou em relação ao presidente Mário Celso Petraglia e fez com que o encontro fosse encerrado por “desordem”.

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As confusões também marcam o início de uma resistência ao presidente Mario Celso Petraglia. Desde que voltou à presidente, o único momento de discórdia aconteceu na aprovação da Funcap. Prolongar seu mandato até o final deste ano, votado pelos sócios, foi garantido com enorme tranquilidade em 2014.

Porém, a falta de habilidade em lidar com o futebol, diferente da gestão administrativa e de patrimônio, fez uma sensível parcela de conselheiros começar a questionar. Algo reforçado por não conseguir chegar entre os oito classificados no Estadual, mesmo atuando em metade do torneio com o elenco principal – fora a eliminação para o Tupi pela Copa do Brasil, na segunda fase.

Mesmo com apenas um grupo de 25 assinando o pedido de transparência em determinadas questões, o fato da maioria dos 155 presentes na reunião ter aprovado a inclusão desses esclarecimentos na pauta mostra o descontentamento com o rumo do futebol e também do rendimento financeiro da Arena da Baixada. O contraste deste cenário é reforçado pela revolta dos conselheiros “petraglistas”, que quase chegaram às vias de fato com a parte que queria explicações pelo fraco elenco e a necessidade de reforços, além da atuação do DIF.

Após o bafafá, Tataio Bettega suspendeu a sessão do Conselho.

Teve até empurra-empurra

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Como previsto, a reunião do Conselho Deliberativo do Atlético teve primeiro dois assuntos relativamente menos problemáticos. As contas foram aprovadas e Petraglia foi reeleito para a administração da CAP S/A. O clima esquentou a partir daí.

O grupo de 25 conselheiros pediu para que os assuntos polêmicos entrassem na pauta. Depois de discussão, o presidente do Deliberativo, Tataio Bettega, colocou a entrada desses itens em votação: a maioria queria esclarecimentos de Petraglia e a ala a favor de seu mandato começou a agitar. Assim, a confusão foi inevitável. Empurrões e quase agressões marcaram o momento. A única explanação do dirigente é de que não conseguiu receber o valor das vendas Marcelo e Douglas Coutinho ao Doyen Group.

O fim

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Tataio, ao ver toda a turbulência aos seus olhos no Conselho, decidiu terminar a reunião na mesma hora. A promessa é de que uma nova reunião seja realizada para tratar sobre a transparência desses assuntos. O presidente rubro-negro, inclusive, tem falado com atleticanos em grupos de Whatsapp e prometendo receber de 10 a 15 torcedores no CT por vez nos sábados para detalhar os esclarecimentos em relação a tudo.

É o seguinte

Em ano eleitoral, Mario Celso Petraglia sabe que um rebaixamento para a Série B resulta em uma provável perda na eleição.Por isso, precisa garantir a permanência na elite do futebol brasileiro. A certeza é que a oposição já começa a se articular pensando em assumir o poder. São três vias diferentes e que não possuem nomes definidos ainda para concorrer. Mas o atual presidente do Atlético sabe que a movimentação começa a preocupar e dividir, novamente, a torcida. O apoio de muitos, inclusive, já mudou de lado.

Baixada, 29 de abril! Leia mais sobre o Atlético na coluna do Mafuz!