Adversários no campo, amanhã, às 22h, na Arena da Baixada, Atlético e Vasco construíram uma rivalidade nos bastidores, cultivada a socos, provocação e insultos. Os responsáveis são Mario Celso Petraglia e Eurico Miranda, desafetos declarados.
Presidentes mais emblemáticos da história dos seus clubes é a única comparação aceitável por eles. De resto, qualquer paralelo os faz espernear. “Eu não permito, não aceito, não me conformo com comparações com dirigentes que nada fizeram, que nada construíram. Muito pelo contrário, destruíram”, disse Petraglia em uma entrevista há uma década.
“Ele entende tanto de administração esportiva que veio pegar alguém aqui que foi formado no Vasco, que é o Antônio Lopes. Veio pegar aqui com os imbecis do Rio de Janeiro. Isso é mais uma prova de que ele está e continua como uma grande dor de corno. Ele tem de comer ainda muito angu para poder falar de uma instituição como o Vasco”, definiu Eurico, em 2013.
Porém, ambos voltaram ao poder aclamados pelas torcidas após dirigentes que surgiram como alternativas de gestão terem levado os clubes à Série B.
Dirigentes mandões
A dupla também não aceita opiniões contrárias. Em maio, uma reunião no Conselho Deliberativo rubro-negro terminou em confusão ao serem levantados questionamento sobre a gestão do clube. Na mesma semana, Miranda reconheceu que seu clube vive uma ‘democrática ditadura’. “Atleta não tem opinião diferente da minha, nem qualquer outro profissional”, avisou.
O último encontro ajudou a azedar a relação. Petraglia definiu a barbárie de 2013 em Joinville, provocada pelas torcidas, como algo orquestrado para evitar a degola carioca.
A resposta veio com toda a ‘classe’ peculiar ao mandatário vascaíno. “Ele incitou a torcida dele durante a semana. Depois tenho de ouvir sandices desse senhor. De administração esportiva ele não entende nada”, disparou.
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