Um lance muda tudo. Um pênalti inexistente decidiu a partida entre Internacional e Atlético, ontem, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Após ter o controle do jogo e de ter aberto o placar, o Furacão sofreu o empate e, praticamente no desfecho da noite, a ação errada da arbitragem transformou o resultado em derrota. O triunfo colorado por 2×1 deixa o Rubro-Negro na nona colocação do Campeonato Brasileiro, ainda sem vencer fora de casa.
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A opção do Atlético foi preservar todos os titulares. Nem Santos foi escalado, como todos imaginavam. À exceção de Paulo André, os jogadores que enfrentaram o Bahia (e devem encarar o Fluminense na quarta) estavam no banco de reservas, enquanto Felipe Alves, Thiago Heleno, Camacho e Bergson, entre outros, ganhavam outra oportunidade de Tiago Nunes. Apesar de uma vitória garantir a entrada no G6, o Furacão tomou sua decisão, a de priorizar a Copa Sul-Americana.
Mas até porque os reservas estavam loucos para mostrar serviço, o Furacão controlou bem o primeiro tempo. Criou pouco, teve uma chance real numa falta bem batida por Bergson. Só que impediu o Internacional de jogar. Marcando muito, se reorganizando com inteligência e impedindo que Patrick e D’Alessandro jogassem, os visitantes seguraram o ímpeto adversário, e não correram risco algum nos 47 minutos iniciais. Faltava, claro, mais presença ofensiva.
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Isso era fruto também da escalação colocada em campo por Tiago Nunes. Sem Guilherme, a opção foi colocar Matheus Rossetto ao lado de Camacho e Bruno Guimarães. Os três, especialmente o último, têm grande potencial, mas nenhum deles é um armador de ofício. Assim, Bergson e Rony foram pouco acionados, e a partida caminho sem grandes emoções. Para um time que não ganhara até então nenhum jogo fora de casa no Brasileiro, não estava tão mal.
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E seria possível melhorar. Aos poucos, o Inter começou a se projetar ainda mais ao ataque, e dando preciosos espaços no setor defensivo. Num deles, Marcinho sofreu falta e, na cobrança, Márcio Azevedo jogou na área e Victor Cuesta quase marcou contra. E aos 19 minutos do segundo tempo, Camacho arrancou pelo meio e arriscou. A bola bateu em Rodrigo Moledo e enganou Marcelo Lomba. O Furacão estava na frente.
Já com Raphael Veiga e Marcelo em campo, o Atlético passou a ser pressionado pelos donos da casa. E por mais que houvesse a chance do contra-ataque, os visitantes viam o Inter se aproximar. Até por isso Tiago Nunes chamou Léo Pereira para a partida, e pedia insistentemente para que a arbitragem permitisse a entrada do zagueiro. Só que antes veio o empate, aos 36 minutos, com Moledo desviando dentro da área. E o treinador ficou maluco. Discutiu com o quarto árbitro e acabou excluído da partida.
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É de se imaginar como ele ficou no final do jogo. Aos 46 minutos, Rossi (aquele ex-Paraná Clube) foi lançado e se embolou com Márcio Azevedo, e o árbitro Rodrigo D’Alonso Ferreira marcou pênalti. Lance inexistente que provocou revolta geral aos atleticanos. Entrevistado sobre o lance, Felipe Alves chutou o balde. “Não tem nem que perguntar isso. O cara prejudicou nosso time”, resumiu o goleiro. E como D’Alessandro converteu a penalidade, o que parecia uma vitória virou uma dolorosa derrota. Que faz o Atlético mais do que nunca ficar com os olhos na Copa Sul-Americana.
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